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Opinião

- Publicada em 06 de Dezembro de 2016 às 16:51

Defender a inteligência do Rio Grande do Sul

Imagino, prezado leitor, que você concorde com a ideia de que devemos aprender com as lições da história. Principalmente os estadistas. Pois aqui vai uma de minhas favoritas: quando um país busca dominar outro país, trata de controlar ou destruir as fontes de inteligência. Assim, aniquilam-se universidades, centros de reflexão religiosa, associações culturais etc. O dominador procura retirar de um povo a capacidade de construir seu futuro de forma autônoma. Esta lição da história aplica-se, por analogia, ao que se passa com as fundações gaúchas de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. Vale tanto para aquela que mais conheço, a Fundação de Economia e Estatística (FEE), quanto para as demais.
Imagino, prezado leitor, que você concorde com a ideia de que devemos aprender com as lições da história. Principalmente os estadistas. Pois aqui vai uma de minhas favoritas: quando um país busca dominar outro país, trata de controlar ou destruir as fontes de inteligência. Assim, aniquilam-se universidades, centros de reflexão religiosa, associações culturais etc. O dominador procura retirar de um povo a capacidade de construir seu futuro de forma autônoma. Esta lição da história aplica-se, por analogia, ao que se passa com as fundações gaúchas de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. Vale tanto para aquela que mais conheço, a Fundação de Economia e Estatística (FEE), quanto para as demais.
As razões para a extinção da FEE são bem pouco convincentes. A poupança de recursos será parca, se é que se obterá alguma poupança. Nenhuma consultoria privada ou órgão público será capaz de produzir os dados que a FEE regularmente compila com alta qualidade; tanto é que costumam utilizar esses dados em seus trabalhos. Dizer que a defesa da FEE não passa de assunto de corporações distanciadas do interesse público chega a ser risível ou, como diz o dr. Jacó, é uma "ideia fraca".
Mas se assim são as coisas, por que se busca dizimar estas instituições de inteligência? Sinceramente, não vejo no governador um homem empenhado em atingir trágico fim. Talvez os olhos devam se dirigir a consultores que elaboraram tão lamentável proposta. Lá, quem sabe, encontremos aqueles que se dedicam a atacar o setor público e a capacidade de construção coletiva de nosso povo há um quarto de século. Expõem pouca informação e muita ideologia, dificultando um adequado juízo. Mas há tempo para revisão. Um gigante da ciência econômica disse certa feita a seu crítico: "quando os fatos mudam, eu mudo de ideia. E você o que faz?". Se os fatos não eram todos conhecidos, mas agora o são, por que não mudar de ideia? O Rio Grande agradece.
Professor de Economia da Ufrgs e ex-presidente do BRDE
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