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Opinião

- Publicada em 05 de Dezembro de 2016 às 17:58

A solidariedade que deve ficar em prol do Brasil

Um clube de futebol, uma cidade do Interior que por ele é representada, uma final da Copa Sul-Americana, tudo tragicamente ceifado por um acidente de aviação. A Associação Chapecoense de Futebol, conhecida popularmente como Chape, estava por participar dos dois jogos mais importantes da sua relativamente breve trajetória, eis que fundada em 1973.
Um clube de futebol, uma cidade do Interior que por ele é representada, uma final da Copa Sul-Americana, tudo tragicamente ceifado por um acidente de aviação. A Associação Chapecoense de Futebol, conhecida popularmente como Chape, estava por participar dos dois jogos mais importantes da sua relativamente breve trajetória, eis que fundada em 1973.
A vida era bela para a cidade de Chapecó (SC), para o clube, para o futebol brasileiro e para as equipes esportivas de rádios, TVs e jornais que transmitiriam o grande momento, eis que, pelo menos, vice-campeã da Copa Sul-Americana a Chape já era.
Porém, a queda da aeronave ceifou 71 vidas, entre elas quase toda equipe de futebol. A comoção invadiu não apenas Chapecó, em Santa Catarina, mas todo o Brasil. Aos poucos as notícias tomaram conta do Brasil, da Colômbia, do mundo.
A solidariedade de outros clubes, de Medellín, da Colômbia, de governos e torcidas se fez presente ao longo da semana, até o velório, em Chapecó, no fim de semana.
O grande exemplo, entretanto, veio justamente da cidade, das autoridades, da torcida e da equipe do Club Atlético Nacional, de Medellín, que seria o adversário da Chapecoense. Com a partida que jamais seria realizada, houve uma mobilização da cidade colombiana para reverenciar os mortos no acidente. A maior delas e mais emocionante, exatamente no dia, no horário e no estádio em que a partida se desdobraria.
Milhares de torcedores, autoridades e atletas do Nacional lotaram o local e o entorno do estádio, com velas, saudações e uma reverência jamais vista em termos de futebol. Tragédias anteriores com equipes foram lembradas, mas a que ficará, para sempre, na memória dos brasileiros, das famílias enlutadas e da história do nosso futebol será esta. E que seja a última.
Mas foi realmente emocionante ver tanta consternação, solidariedade e justas homenagens em torno de uma equipe de futebol e das demais vítimas - muitas jornalistas - em Medellín.
Após a tragédia, vieram diversos exemplos de apoio, amizade e até tolerância entre rivais, tendo em vista que qualquer evento futebolístico se torna menor diante de um acontecimento desses.
Nas homenagens em Chapecó tivemos até a presença de tribo indígena, dos primitivos habitantes da região, cujo líder, Condá, em um exemplo histórico, conseguiu harmonizar os interesses dos colonizadores europeus com os históricos habitantes daquelas terras, a fim de que deixassem uma grande área para aqueles que lá estavam, bem antes. E assim foi feito.
É uma oportunidade para reflexão e a possibilidade de uma mudança de comportamento entre torcedores, demonstrando que a rivalidade não precisa ser antítese de civilidade e bom convívio. Nesse aspecto, pode-se aproveitar esse exemplo de união para outros campos, inclusive o político.
É preciso trabalhar para que os destinos do Rio Grande do Sul e do Brasil sejam colocados acima de divergências político-partidárias. É evidente que o bom debate deve ser mantido, mas o momento é de união. Então que a tragédia de um clube de futebol, da Chapecoense, possa servir como um ponto de inflexão para que avancemos em prol dos superiores interesses do País.
 
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