Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 27 de Dezembro de 2016 às 16:12

Israel quer construir mais assentamentos

Medida das Nações Unidas fez Tel Aviv convocar embaixadores

Medida das Nações Unidas fez Tel Aviv convocar embaixadores


AHMAD GHARABLI/AFP/JC
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, afirmou ontem esperar que uma conferência sobre o Oriente Médio na França estabeleça um cronograma para o fim dos assentamentos de Israel na área que os palestinos desejam como parte de seu futuro Estado independente. O governo de Israel, por sua vez, planeja construir milhares de novas casas em áreas de Jerusalém reivindicadas pelos palestinos, mesmo após uma recente resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenando essas obras.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, afirmou ontem esperar que uma conferência sobre o Oriente Médio na França estabeleça um cronograma para o fim dos assentamentos de Israel na área que os palestinos desejam como parte de seu futuro Estado independente. O governo de Israel, por sua vez, planeja construir milhares de novas casas em áreas de Jerusalém reivindicadas pelos palestinos, mesmo após uma recente resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenando essas obras.
Na semana passada, os EUA se abstiveram, e o Conselho de Segurança condenou os assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, vendo-os como parte de uma "flagrante violação" da lei internacional. "A decisão da (ONU) lança a fundação para qualquer negociação futura séria e abre caminho para a conferência de paz internacional marcada para o próximo mês em Paris", disse Abbas durante reunião de seu partido, o Fatah. "Nós esperamos que esta conferência estabeleça um mecanismo e um cronograma para o fim da ocupação", afirmou. Segundo ele, a resolução prova que o mundo rejeita os assentamentos, já que eles são "ilegais, em nossa terra ocupada que inclui Jerusalém Oriental".
Em 15 de janeiro, dias antes de o presidente dos EUA, Barack Obama, deixar o posto, a França deve sediar uma conferência sobre o Oriente Médio na qual dezenas de países podem endossar um cronograma para a paz entre Israel e Palestina. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, se opõe veementemente a isso, dizendo que a iniciativa pode minar o processo de paz.
Netanyahu diz que Abbas deve aceitar negociações diretas sem precondições. O presidente da ANP se recusa, exigindo a paralisação das construções nos assentamentos israelenses. A Palestina quer a Cisjordânia e Jerusalém Oriental como parte de seu futuro Estado. Já Israel diz que os assentamentos, bem como outras questões importantes como a segurança, devem ser alvo de negociações nas conversas de paz. Em Jerusalém Oriental, há lugares sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos.
Apesar da resolução da ONU condenando os assentamentos, a Municipalidade de Jerusalém deve aprovar milhares de novas unidades habitacionais no setor Leste nesta semana. O jornal Israel Hayom, favorável a Netanyahu, informou que o comitê do distrito de zoneamento se reúne hoje para discutir a aprovação de novas construções nessa parte da cidade.
O premiê ficou furioso com a resolução da ONU, aprovada por 14 votos a 0, com a abstenção dos EUA. Israel convocou embaixadores dos países que integram o Conselho de Segurança, incluindo o de Washington, em um sinal de protesto diplomático.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO