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Geral

- Publicada em 20 de Dezembro de 2016 às 18:43

Campanha alerta para alto consumo de álcool entre jovens gaúchos

Igor Natusch
Os adolescentes gaúchos são os que mais bebem no País, em percentuais mais altos que a média nacional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no final de agosto, 68% dos jovens no último ano do Ensino Fundamental no Estado já experimentaram bebidas alcoólicas - número que, no Brasil, fica nos 55%. Em uma tentativa de combater essa realidade, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) está lançando, a partir de hoje, a campanha "Não seja um porre", que tenta conscientizar os adolescentes gaúchos sobre os riscos do consumo precoce de bebidas alcoólicas.
Os adolescentes gaúchos são os que mais bebem no País, em percentuais mais altos que a média nacional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no final de agosto, 68% dos jovens no último ano do Ensino Fundamental no Estado já experimentaram bebidas alcoólicas - número que, no Brasil, fica nos 55%. Em uma tentativa de combater essa realidade, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) está lançando, a partir de hoje, a campanha "Não seja um porre", que tenta conscientizar os adolescentes gaúchos sobre os riscos do consumo precoce de bebidas alcoólicas.
A campanha, desenvolvida pela Agência Paim, terá um foco especial nas plataformas digitais, com um vídeo que será disseminado pelas redes sociais, além do uso ostensivo da hashtag #nãosejaumporre. Incursões em rádio e uso de outdoors também fazem parte da campanha. A iniciativa é uma parceria com outros órgãos públicos, como o Fórum Permanente de Combate ao Uso de Bebidas Alcoólicas por Crianças e Adolescentes, do Ministério Público do Rio Grande do Sul.
De acordo com Cristina Targa, presidente da SPRS, a campanha busca discutir a questão em termos com os quais os jovens gaúchos possam se identificar. "Dizer a um jovem que ele simplesmente não pode beber, que isso vai fazer mal à sua saúde ou algo assim, é um argumento que não toca o coração deles. Queremos fugir de uma argumentação moralista, falar sobre o assunto sem dar lições de moral", explica Targa.
A adolescência, diz ela, é um período crítico da formação do indivíduo, e o excesso no consumo de álcool pode causar problemas ao desenvolvimento cerebral, que ainda está atuante nessa fase. Alguns efeitos possíveis envolvem déficit de memória e aprendizado, além de quadros de ansiedade e depressão.
Um dado especialmente preocupante colhido pelo IBGE refere-se ao percentual de meninas entre 12 e 17 anos que admitiram já ter ingerido bebidas alcoólicas no Rio Grande do Sul: nada menos que 71% dessa população, maior percentual em todo o País. Porto Alegre também é a capital onde mais adolescentes consumiram álcool, com índice de 74,9%.
Tesoureira do SPRS e uma das envolvidas na elaboração da campanha, Celia Magalhães acentua o papel de pais e mães na prevenção do uso excessivo de álcool entre os jovens. "Os pais, talvez por desconhecimento, muitas vezes acabam estimulando que seus filhos bebam, como nos 'esquentas' antes das festas, por exemplo. A preocupação com o uso precoce de álcool entre adolescentes também precisa chegar até eles."
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