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Perspectivas 2017

- Publicada em 19 de Dezembro de 2016 às 16:31

Bolsa de Valores tende a acelerar no segundo semestre

Analistas não recomendam investimentos na bolsa no curto prazo

Analistas não recomendam investimentos na bolsa no curto prazo


Miguel SCHINCARIOL/AFP/JC
Guilherme Daroit
Mesmo com forte retomada em 2016, rendendo em torno de 35% no ano, o Ibovespa começou a patinar no último trimestre conforme caíam as expectativas sobre o PIB de 2017. Caso confirme-se o cenário visto como provável pelos analistas, que preveem primeiro quedas trimestrais menores no PIB e, depois, a volta do crescimento, 2017 deve ser de ganhos na bolsa.
Mesmo com forte retomada em 2016, rendendo em torno de 35% no ano, o Ibovespa começou a patinar no último trimestre conforme caíam as expectativas sobre o PIB de 2017. Caso confirme-se o cenário visto como provável pelos analistas, que preveem primeiro quedas trimestrais menores no PIB e, depois, a volta do crescimento, 2017 deve ser de ganhos na bolsa.
"Se chegarmos em junho com o PIB sinalizando que o pior já passou, Selic caindo e as reformas andando, cria-se uma onda de otimismo", argumenta o sócio da Fundamenta, Valter Bianchi Filho. A data é relevante porque é a partir daí que a bolsa começa a responder à expectativa de crescimento de 2018, que se imagina será melhor do que a prevista para 2017. Há o risco de o cenário não se confirmar, como ocorreu em 2016, e a retomada ser adiada. Mesmo com boas perspectivas, não é recomendado o investimento na bolsa para objetivos de curto prazo.
Alguns setores ficaram excluídos do processo de retomada em 2016, como o industrial, o único a apresentar queda (pelo sétimo ano consecutivo), na casa dos 2%. "Nesse segmento, podem começar a surgir oportunidades de empresas que ficaram baratas", analisa a diretora da Zenith Asset, Débora Morsch. A queda nos juros pode fazer com que parte do capital investido em renda fixa migre para o risco, o que favoreceria a bolsa.
O ano também pode ser de retomada das aberturas de capital. Desde junho de 2015, houve apenas um IPO, o da empresa de diagnósticos médicos Alliar, no último outubro. "Tem muita coisa represada, empresas prontas apenas esperando o timing do mercado. Em 2017, devemos voltar ao ritmo natural de IPOs", projeta o professor de finanças do Ibmec, Ricardo Couto.
"Com preços começando a se recuperar, começa a abrir de novo espaço, o que para o mercado é importante", acrescenta Débora. A falta de aberturas, somada com os fechamentos de capital e fusões, diminuíram as opções na bolsa. "Se a agenda se confirmar, teremos muitos IPOs no segundo semestre", aposta Bianchi. Empresas como a Azul e a corretora XP são citadas como negócios engatilhados há anos, à espera apenas de um melhor momento - que pode finalmente se concretizar em 2017.
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