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Economia

- Publicada em 27 de Dezembro de 2016 às 20:37

Banco Central aprova plano de recuperação, e Badesul dá início a ajustes

Ações incluem redução de despesas e maior rigor na concessão de crédito

Ações incluem redução de despesas e maior rigor na concessão de crédito


LEANDRO OSÓRIO/PALÁCIO PIRATINI/JC
O Badesul iniciou a execução de um plano de recuperação com ações que deverão ser colocadas em prática até 2018. As medidas foram aprovadas pelo Banco Central em 18 de dezembro e buscam equilibrar as finanças da agência de fomento. Entre elas estão a redução de despesas, busca por novas receitas e adoção de metodologia de maior rigor nas análises de crédito. A meta é que o banco esteja com as finanças equilibradas em 2018. "É um renascer do Badesul", resume a presidente do Badesul, Susana Kakuta.
O Badesul iniciou a execução de um plano de recuperação com ações que deverão ser colocadas em prática até 2018. As medidas foram aprovadas pelo Banco Central em 18 de dezembro e buscam equilibrar as finanças da agência de fomento. Entre elas estão a redução de despesas, busca por novas receitas e adoção de metodologia de maior rigor nas análises de crédito. A meta é que o banco esteja com as finanças equilibradas em 2018. "É um renascer do Badesul", resume a presidente do Badesul, Susana Kakuta.
Em setembro, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), seu principal parceiro comercial, havia anunciado cortes nos limites para novas operações e rebaixado a zero a nota do órgão de fomento. A partir daí, foi estabelecido um plano de recuperação, que começou a ser preparado em outubro e cujo prazo final expirava em 31 de dezembro.
Susana Kakuta explica que o plano se estrutura em três frentes: readequação da carteira de ativos, ajuste institucional e novas receitas. No primeiro caso, o banco vai reunir em um pacote aqueles contratos de empresas que tomaram empréstimos e não pagaram, ficando inadimplentes. Para obter receitas, o Badesul colocará à venda suas operações em prejuízo, por meio de leilão público, seguindo os princípios da transparência, da legalidade e da imparcialidade. A precificação desses ativos será feita por empresa especializada do mercado, com o objetivo de buscar o maior resultado institucional. As operações devem começar no segundo semestre de 2017.
Em outra frente, de ajuste institucional, a meta é reduzir em 30% o tamanho da folha de pagamento. Para isso, o Plano de Demissão Incentivada será mantido até 31 de dezembro. Será discutida a redução do número de cargos de chefia. Outra medida que apresentada ao governo do Estado, é a redução no número de diretorias - das atuais seis para três. A proposta depende de aprovação na assembleia de acionistas, em março de 2017. O mandato da atual diretoria se encerra em 30 de abril do próximo ano.
O órgão de fomento vai adotar uma metodologia mais rigorosa de atribuição de nota e classificação de risco dos clientes que pedem empréstimo, próxima à utilizada pelo Bndes. Com o novo modelo, será examinada não somente a saúde financeira da empresa, mas o nicho empresarial em que está inserida. De acordo com Susana, isso vai melhorar a qualidade dos ativos e permitir a execução de uma análise mais robusta, levando em conta aspectos setoriais. Para reduzir a dependência do Badesul frente ao Bndes - uma das exigências da instituição -, o plano de recuperação prevê a geração de novas receitas. Entre as medidas estão prestação de consultorias em gestão de ativos e novas linhas dedicadas à pequena empresa com lastro em fundo de aval. Para os municípios serão ofertadas consultorias de planejamento e desenvolvimento e estruturação de projetos para a captação de recursos internacionais.
 
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