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Economia

- Publicada em 22 de Dezembro de 2016 às 17:45

Para China, cooperação com os EUA é necessária

A China emitiu uma resposta equilibrada, nesta quinta-feira, à nomeação pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de um cético sobre o comércio com os chineses para monitorar a política comercial e industrial norte-americana. "A China, como todos os outros países, está observando atentamente a direção política que os EUA irão tomar", afirmou uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Pequim. "A cooperação é a única escolha correta para os dois lados."
A China emitiu uma resposta equilibrada, nesta quinta-feira, à nomeação pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de um cético sobre o comércio com os chineses para monitorar a política comercial e industrial norte-americana. "A China, como todos os outros países, está observando atentamente a direção política que os EUA irão tomar", afirmou uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Pequim. "A cooperação é a única escolha correta para os dois lados."
Trump nomeou, na quarta-feira, Peter Navarro como diretor do Conselho Nacional de Comércio, um órgão recém-criado da Casa Branca. Navarro, assessor de campanha de Trump e professor da Universidade da Califórnia, sustenta que o acesso da China à Organização Mundial de Comércio (OMC) em 2001 cortou pela metade o crescimento econômico dos EUA e custou ao país 70 mil empregos no setor industrial.
Navarro defende que os EUA e seus aliados reduzam fortemente as importações da China para tirar da potência asiática recursos e assim conter o avanço militarista chinês. Em seu mais recente livro, o professor argumentou que, caso isso não seja feito, "nós só poderemos culpar a nós mesmos quando as balas e mísseis começarem a voar".
A nomeação de Navarro e as ameaças da equipe de Trump de denunciar a China como manipuladora do câmbio e também de elevar tarifas contra o país geram críticas também fora dos círculos oficiais da China. A professora Cheng Dawei, da Universidade da China, diz que a retórica da equipe do empresário republicano é baseada "em ideias erradas". Na avaliação dela, porém, a China "não dará o primeiro passo".
Cheng aproveita esse tempo antes do novo governo para coletar evidências e usá-las, se necessário, em medidas comerciais retaliatórias contra os EUA. "A China agora está preparando algumas armas", afirmou. "Este é o estilo da China, não anunciar, mas simplesmente fazer", disse Gary Hufbauer, ex-funcionário do Tesouro dos EUA e hoje pesquisador no Peterson Institute for International Economics.
Especialistas dizem que entre os alvos prováveis da China podem estar aeronaves da Boeing e exportações agrícolas de estados do Meio-Oeste. Pequim pode pressionar multinacionais como a General Motors, que depende da China como seu maior mercado de vendas. Também pode impor barreiras informais, como fazer alegações de saúde contra produtos norte-americanos que são muito técnicas e difíceis de conter na OMC, mas prejudicam exportadores. Os próprios EUA, a Europa e o Japão usam barreiras similares.
Economistas advertem, porém, que disputas comerciais prejudicariam os dois lados. Para Cheng, a política defendida por Navarro "é contrária à tendência econômica mundial".
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