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Economia

- Publicada em 20 de Dezembro de 2016 às 23:45

Hyundai suspende produção de elevadores

Dos cerca de 100 funcionários da fábrica no Rio Grande do Sul, 50 serão mantidos

Dos cerca de 100 funcionários da fábrica no Rio Grande do Sul, 50 serão mantidos


CLAITON DORNELLES/JC
Jefferson Klein
A Hyundai anunciou ontem que as operações fabris da unidade de elevadores em São Leopoldo estão suspensas por tempo indeterminado. De acordo com a administração da empresa, a companhia está reestruturando suas atividades no Brasil e, por enquanto, não há previsão para a retomada da produção dos equipamentos.
A Hyundai anunciou ontem que as operações fabris da unidade de elevadores em São Leopoldo estão suspensas por tempo indeterminado. De acordo com a administração da empresa, a companhia está reestruturando suas atividades no Brasil e, por enquanto, não há previsão para a retomada da produção dos equipamentos.
O complexo, que possuía cerca de 100 funcionários, contará, a partir de agora, com 50 colaboradores. Neste momento, não há projeção de novas demissões. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Leopoldo, Valmir Lodi, revela que a empresa informou que manterá, a partir do próximo ano, somente as ações de assistência e manutenção no município. A justificava dada aos trabalhadores para a medida, conforme o sindicalista, foi a crise econômica e o baixo volume de construções de prédios no País.
A companhia não divulgou qual era a capacidade de produção atual da planta no Rio Grande do Sul. No entanto, frisou que continuará atendendo normalmente seus clientes antigos e novos, sem detalhar a forma como fará isso. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas argumenta que tudo indica que a empresa importará equipamentos para atender ao mercado interno.
As demais unidades comerciais do segmento de elevadores da Hyundai no Brasil continuarão operando - estão localiadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. São estabelecimentos que não foram afetados significativamente pela reestruturação da fábrica. "A suspensão da produção da Hyundai Elevadores é mais uma consequência dentre tantas outras que estamos vivenciando", aponta o vice-presidente de Indústria da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo (Acist-SL), Davi Dalcin. O dirigente destaca que, em meio a desmandos na economia, falta uma política industrial de médio e longo prazos no País. Dalcin adverte que quanto mais se esperar pela implementação das reformas macro e microeconômicas, nos âmbitos federal e estadual, piores serão as consequências e maior será a dificuldade para a retomada do crescimento.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, comenta que a Hyundai não procurou o governo gaúcho para debater seus problemas, contudo o Executivo está aberto a ouvir a empresa. Ele admite que o contexto econômico de hoje preocupa muito. "Não adianta atrair novas companhias para o Estado, se perdermos as já instaladas", sustenta. Branco antecipa que o governo está avaliando as possíveis estratégias que podem ser tomadas para preservar as indústrias no Rio Grande do Sul, como, por exemplo, o aprimoramento das condições do Fundopem.
A Hyundai investiu em torno de R$ 75 milhões no complexo de São Leopoldo, que foi inaugurado em 2014. Na ocasião, o presidente da Hyundai Elevadores do Brasil, Jeong Ho Jean, disse que o País havia sido escolhido por ser a maior economia da América do Sul. "O Rio Grande do Sul e a cidade de São Leopoldo reúnem as condições adequadas em termos de logística e qualidade de mão de obra, além da cadeia de fornecedores e política de atração de investimentos", afirmou.
Já o então governador Tarso Genro, que visitou a unidade em sua inauguração, ressaltou que se tratava de um momento de significado político, econômico e social para fazer da diversidade uma ferramenta de desenvolvimento. "Nosso governo não é refém de uma cadeia produtiva, mesmo em uma situação de crise, conseguimos crescer", enfatizou. Quando iniciou as operações, a planta tinha capacidade para produzir até 3 mil elevadores ao ano, e a expectativa era chegar ao patamar de 4 mil, até 2019.
 
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