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Economia

- Publicada em 19 de Dezembro de 2016 às 16:35

Crise econômica e política deve engessar negócios

Empreendimento da Nex Group será entregue em 2017

Empreendimento da Nex Group será entregue em 2017


NEXGROUP/DIVULGAÇÃO/JC
Carolina Hickmann
Os prognósticos da construção civil sugerem que 2017 será um ano semelhante ao anterior. Três meses antes do fechamento do ano, a expectativa do setor era de retomada. Com a intensificação da crise política e econômica do País, as organizações que representam o setor projetam mais um ano de estagnação.
Os prognósticos da construção civil sugerem que 2017 será um ano semelhante ao anterior. Três meses antes do fechamento do ano, a expectativa do setor era de retomada. Com a intensificação da crise política e econômica do País, as organizações que representam o setor projetam mais um ano de estagnação.
A sinalização do Sindicato da Indústria e Construção Civil (Sinduscon-RS), em 2016 era de cautela nos investimentos. A mesma indicação deve ser levada em conta pela categoria no próximo ano. "Esperávamos que o setor crescesse entre 2% e 3% em 2017, agora acredito que, se mantivermos o mesmo patamar de 2016, estará muito bom", relata o presidente do Sinduscon-RS, Ricardo Sessegolo, que explica que a expectativa é neutra, mas já foi positiva.
A mudança de ventos no ano deve ficar por conta da diminuição no número de distratos. Sessegolo comenta que a insegurança gerada acabou por ludibriar os empresários no momento da venda. "Achávamos que havíamos vendido o empreendimento e, no momento de repassar ao cliente comprador, ele, também por toda a insegurança gerada no País, desistiu da compra", conta.
Apesar do mau momento, o presidente do sindicato afirma que as empresas estão saudáveis, já que conseguiram administrar os distratos. "Procuramos só lançar empreendimentos com nichos específicos em que tenhamos demandas positivas", explica. Segundo Sessegolo, o mercado está segurando alguns lançamentos. "Trabalhamos para esse público que faz upgrade e muda de casa. Esse é o mercado a que procuramos atender", diz, lembrando que o brasileiro troca de residência a cada sete ou oito anos.
A Nex Group é uma das empresas que mantiveram-se saudáveis mesmo com a crise. Mesmo assim seu presidente, Carlos Alberto Schettert, também percebeu o aumento no número de mutuários que não tinham mais interesse em imóveis adquiridos na planta. "A pessoa comprou um imóvel para receber dois ou três anos depois. No momento da entrega, perdeu o emprego e quer receber o que ela pagou. Nada mais justo", avalia.
Cerca de 30% do faturamento da Nex Group advém da plataforma Minha Casa Minha Vida (MCMV). Para Schettert, o programa não faz parte de um governo. "É um programa irreversível de Estado", acredita. Ele avalia que, no próximo ano, haverá maiores investimentos no MCMV. "Chegamos no fundo do poço, não existe mais volume morto, as condições estão dadas para a retomada", avalia.
De acordo com o Sinduscon-RS, atualmente, há 3,3 mil imóveis em oferta na Capital gaúcha. Por mês, são vendidas entre 250 e 300 mil unidades. "O imóvel distratado volta à empresa e aumenta o estoque", explica Sessegolo. Nestas perspectivas, recuperar o que se deixou de ganhar em 2016 precisará ficar para 2018.
O volume de crescimento de desemprego na construção civil não deve diminuir. "Em 2016, ficamos com os números mais ou menos estabilizados", avalia Sessegolo. No acumulado do ano até o terceiro trimestre, o Estado registro queda de 3,36%. O Rio Grande do Sul tem 129 mil trabalhadores com carteira assinada, número distante dos 156 mil de 2013.
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