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Economia

- Publicada em 18 de Dezembro de 2016 às 20:08

Proposta de jornada flexível divide as centrais sindicais

Para Ricardo Patah, da UGT, empregado ficaria mais tempo à disposição

Para Ricardo Patah, da UGT, empregado ficaria mais tempo à disposição


FREDY VIEIRA/JC
A proposta do governo de criar a jornada flexível de trabalho divide opiniões no meio sindical. Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), disse que ainda não tem opinião formada sobre o tema. Segundo o sindicalista, o ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, negou a intenção de implementar a jornada móvel. "Conversei com o ministro sobre o assunto e ele disse que existe a intenção de criar alternativas para combater o desemprego, mas sem precarizar o trabalho", afirmou Patah.
A proposta do governo de criar a jornada flexível de trabalho divide opiniões no meio sindical. Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), disse que ainda não tem opinião formada sobre o tema. Segundo o sindicalista, o ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, negou a intenção de implementar a jornada móvel. "Conversei com o ministro sobre o assunto e ele disse que existe a intenção de criar alternativas para combater o desemprego, mas sem precarizar o trabalho", afirmou Patah.
Na jornada móvel, ou intermitente, empregador poderá escalar o funcionário em determinado horário de trabalho e em dias diferentes da semana. Dessa forma, o funcionário poderá ter mais de um emprego, em expediente flexível, recebendo os direitos trabalhistas de forma proporcional.
Outra medida que deve ser adotada pelo governo é a ampliação do contrato de trabalho temporário de 90 para 180 dias. Patah disse que participará, nesta quinta-feira, dia 22, às 11h, de uma reunião com Nogueira e o presidente Michel Temer para discutir as medidas. "Ainda precisamos analisar o assunto, mas a jornada intermitente é difícil de aceitar, porque criaria uma situação análoga à escravidão."
O sindicalista argumenta que, com a jornada móvel, o empregado ficaria mais tempo à disposição da empresa, mas sem receber por isso. "Mas alguma medida tem que ser tomada para combater o desemprego."
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, disse que o ministro do Trabalho também entrou em contato com a central para falar que discorda da jornada intermitente. "Creio que a ideia partiu da área econômica, e não do conjunto do governo", afirmou Juruna. O sindicalista disse ainda que não está sabendo da reunião de quinta-feira com Temer.
Segundo Juruna, flexibilizar a jornada de trabalho não resolverá o problema. "O que precisamos é de investimento em infraestrutura para geração de emprego, e não soluções paliativas."
Sergio Nobre, secretário-geral da CUT (Central Única dos Trabalhadores), afirmou que não tem conhecimento da proposta de flexibilização da jornada de trabalho. "Mas, vindo do Temer, coisa boa não deve ser", disse.
Vander Morales, presidente da Fenaserhtt (Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado), elogiou a iniciativa do governo. "A proposta deve motivar os empresários a contratarem. Muitos ficam com medo de contratar porque não sabem se a economia vai voltar a crescer", disse Morales. "A flexibilização da jornada vai permitir que as pessoas fiquem mais tempo empregadas e movimentará a economia."
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