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Consumo

- Publicada em 15 de Dezembro de 2016 às 17:29

Preocupação com inflação aumenta, mostra pesquisa

Varejo de eletrodomésticos é um dos setores afetados pela crise

Varejo de eletrodomésticos é um dos setores afetados pela crise


JOÃO MATTOS/arquivo/JC
A confiança do consumidor brasileiro caiu novamente em dezembro. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), recuou 2,8% neste mês em relação a novembro, chegando a 100,3 pontos. É a segunda queda consecutiva do indicador. De acordo com a CNI, a perda de confiança nos últimos dois meses é "preocupante, pois deve representar um novo freio ao consumo das famílias nos próximos meses".
A confiança do consumidor brasileiro caiu novamente em dezembro. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), recuou 2,8% neste mês em relação a novembro, chegando a 100,3 pontos. É a segunda queda consecutiva do indicador. De acordo com a CNI, a perda de confiança nos últimos dois meses é "preocupante, pois deve representar um novo freio ao consumo das famílias nos próximos meses".
A queda do Inec é reflexo, segundo o estudo, de uma maior preocupação dos brasileiros com relação à inflação, ao desemprego, à renda pessoal e ao endividamento. Na comparação com novembro, o componente de expectativa de inflação caiu 6,1%, passando de 109,1 pontos a 102,4 pontos; o de desemprego recuou 7,8%, saindo de 115,3 pontos em novembro para 106,3 em dezembro. Quanto maior é o recuo no índice, maior é o número de pessoas que esperam crescimento da inflação e do desemprego.
Também caíram em dezembro os indicadores de expectativa da renda pessoal (-3,5%, saindo de 95 pontos no mês passado para 91,7 pontos), de endividamento (-1,3%, de 97,7 para 96,4 pontos) e de compras de maior valor (-1,7%, de 113,2 pontos em novembro para 111,3 pontos em dezembro), como automóveis, móveis e eletrodomésticos.
O único componente que não sofreu queda foi o índice de situação financeira, que aumentou 1,1%, "refletindo uma pequena melhora na percepção dos consumidores sobre suas condições financeiras".
A CNI explica que o Inec antecipa tendências de consumo e que sua queda preocupa, porque consumidores pouco confiantes, com perspectivas negativas em relação ao emprego e à situação financeira, tendem a comprar menos, o que enfraquece a atividade econômica.
Esta edição do estudo, elaborada em parceria com o Ibope, ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 1 e 4 de dezembro.

Fim de ano eleva em 2,6% intenção de compras

O fim de ano aumentou em 2,6% a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em dezembro, na comparação com novembro, informou, nesta quinta-feira, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Uma pesquisa aponta que características específicas do período, chamadas de sazonalidade, determinaram o aumento na confiança.
A CNC alerta que, apesar da alta, o custo do crédito continua elevado, e o aumento do desemprego e a queda da renda mantêm o poder de compra em um movimento de perda.
Na comparação com dezembro do ano passado, a confiança das famílias apresenta queda de 0,3%. Em números absolutos, o indicador está em 76,2, em uma escala em que patamares inferiores a 100 apontam insatisfação.
A parte do indicador que mede o consumo atual das famílias teve uma redução de 5,3% na comparação com 2015 e apresentou crescimento de 5,7% em relação a novembro de 2016. As festas de final de ano foram apontadas pela CNC como influenciadoras desse resultado positivo sobre o mês anterior.
A percepção, no entanto, está em 51,7 pontos em uma escala em que a satisfação se encontra acima de 100. Ao mesmo tempo, 61,1% das famílias declararam que seu nível de consumo em dezembro deste ano está menor do que em dezembro de 2015.
Por outro lado, a expectativa dos entrevistados pela pesquisa teve melhora no indicador de dezembro. A perspectiva de consumo aumentou 3,7% frente a novembro e 10% em relação a dezembro de 2015.