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Economia

- Publicada em 15 de Dezembro de 2016 às 22:25

Federasul faz projeções cautelosas para 2017

Balanço de final de ano da Federasul

Balanço de final de ano da Federasul


FREDY VIEIRA/JC
Apostando na aprovação de pelo menos 70% das medidas anunciadas pelo governo Sartori, a diretoria da Federasul estima que a economia do Estado poderá crescer em torno de 1% em 2017. Uma evolução um pouco mais modesta do desenvolvimento econômico em nível nacional (avaliada em torno de 0,2%) também está dentro das perspectivas da entidade, que na manhã desta quinta-feira, realizou um balanço de final de ano e apresentou uma prospecção para o cenário empresarial a partir de janeiro.
Apostando na aprovação de pelo menos 70% das medidas anunciadas pelo governo Sartori, a diretoria da Federasul estima que a economia do Estado poderá crescer em torno de 1% em 2017. Uma evolução um pouco mais modesta do desenvolvimento econômico em nível nacional (avaliada em torno de 0,2%) também está dentro das perspectivas da entidade, que na manhã desta quinta-feira, realizou um balanço de final de ano e apresentou uma prospecção para o cenário empresarial a partir de janeiro.
Entre as expectativas da entidade estão a retomada do nível de emprego a partir do segundo semestre, seguida de recuperação de renda dos trabalhadores, aumento de estoques da indústria, ampliação do crédito para os consumidores e diminuição da taxa de juros. "Mas será uma evolução lenta, que só irá gerar melhores frutos em 2018", avaliou o vice-presidente regional da Federasul, Fernando Marchetti.
A presidente da entidade, Simone Leite, destacou que o Brasil ainda irá viver um ano de recuperação gradual, em vista do ambiente em que o governo estará atuando, para controlar sua condição fiscal, com o teto de gastos e discussões parlamentares sobre a Reforma da Previdência. "Também os desdobramentos do cenário externo podem ter influência sobre a cotação da moeda e, respectivamente, sobre a inflação e o comportamento da taxa de juros internas", destacou.
A entidade projeta que o câmbio do dólar deve finalizar 2017 custando R$ 3,40, com inflação na faixa dos 5%, o que segundo Marchetti deve dar espaço para a redução da taxa de juros para um patamar próximo dos 11%. "No Estado, as diversas cadeias do agronegócio deverão ter um bom desempenho, algumas com mais vantagens e relação às outras", comentou o dirigente, destacando que as concessões previstas devem alavancar os diversos setores da economia. Segundo ele, a expectativa é de que o PIB do agronegócio gaúcho feche ao redor dos 3%. "Com isso, a renda das pessoas que vivem em cidades do Interior deve ter um incremento, o que pode impulsionar as vendas do comércio e serviços destes municípios." No entanto, não se verá crescimento neste setor no restante do País, pondera Marchetti, uma vez que a taxa de desemprego ainda permanecerá em um patamar alto.
Para a indústria gaúcha, a projeção da entidade é de que o crescimento não passe de 0,5% (potencializado pelo desempenho do agronegócio), uma vez que houve uma queda acentuada do setor nos dois últimos anos. "Se no cenário nacional a confiança está melhorando, entendemos que precisamos resgatar esta convicção também entre empreendedores e consumidores gaúchos", destacou Simone. Ela lembrou que em 2016 cerca de 60% dos empresários do Rio Grande do Sul reduziu seu quadro pessoal, mas destacou que, segundo a pesquisa da entidade, não há sinais de que no ano que vem ocorram mais demissões.
A presidente da Federasul ressaltou que o foco das iniciativas públicas e das entidades de classe deve ser o de melhorar o ambiente para quem empreende. "Estamos empenhados na aprovação do pacote de medidas do governo Sartori, para que haja a retomada de confiança de empresários e consumidores - pois não existe saúde financeira sem confiança", destacou a dirigente.
Pesquisa realizada com 110 empreendedores do Estado, de micro, pequenas e médias empresas do comércio, da indústria e dos serviços apontou que 37% acredita que tem oportunidade para expandir seus negócios e contratar pessoas; 61% relaciona a crise do Rio Grande do Sul ao parcelamento do salário dos funcionários públicos; 27% dos industriais entende que o aumento do ICMS e a carga tributária "elevada" foram determinantes para o encolhimento de empresas e migração para outros estados. A falta de acesso ao crédito foi um problema apresentado por 39% dos entrevistados.
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