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Comércio Exterior

- Publicada em 12 de Dezembro de 2016 às 22:40

Exportações de calçados avançam 3,6% no ano

Maior comprador do sapato nacional são os Estados Unidos, que adquiriram 11,4 milhões de pares

Maior comprador do sapato nacional são os Estados Unidos, que adquiriram 11,4 milhões de pares


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
O mês de novembro seguiu a tendência de alta das exportações de calçados. Conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o setor embarcou 11 milhões de pares que geraram US$ 84,2 milhões, altas de 12% e 12,7% respectivamente sobre os dados de novembro do ano passado. Com isso, nos 11 meses do ano, os calçadistas já somaram a exportação de 108,2 milhões de pares que equivalem a US$ 871 milhões, números superiores tanto em volume (1,6%) quanto em dólares (3,6%) no comparativo com igual período do ano passado.
O mês de novembro seguiu a tendência de alta das exportações de calçados. Conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o setor embarcou 11 milhões de pares que geraram US$ 84,2 milhões, altas de 12% e 12,7% respectivamente sobre os dados de novembro do ano passado. Com isso, nos 11 meses do ano, os calçadistas já somaram a exportação de 108,2 milhões de pares que equivalem a US$ 871 milhões, números superiores tanto em volume (1,6%) quanto em dólares (3,6%) no comparativo com igual período do ano passado.
O presidente executivo da Abicalçados, Heitor Klein, ressalta que as exportações do segundo semestre "salvaram" a indústria de um ano ainda mais difícil, já que no mercado interno as vendas caíram 11% até o mês de outubro. "As coleções de primavera-verão, comercializadas a partir do segundo semestre de 2016, somadas à valorização do dólar, permitiram que o ano não fosse perdido também nas exportações", comenta, acrescentando que, no entanto, a base de comparação ainda é muito fraca para se falar em retomada com mais robustez no mercado externo.
Segundo o dirigente, além da alta da moeda norte-americana, ajudaram no incremento dos embarques as ações do Brazilian Footwear, braço internacional da entidade promovido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que possibilitou a participação de marcas verde-amarelas nas principais feiras internacionais do mundo ao longo do ano.
Por outro lado, o executivo comenta que, não fosse a constante oscilação cambial, as exportações poderiam ter logrado resultados ainda superiores. "As inconstâncias políticas e econômicas no Brasil e no mundo fizeram com que o dólar variasse diariamente e de forma abrupta, o que prejudicou muitas das negociações", avalia.
Principal destino do calçado brasileiro nos 11 meses de 2016, os Estados Unidos importaram 11,4 milhões de pares verde-amarelos que geraram US$ 195 milhões, resultados superiores tanto em pares (16,6%) quanto em receita (17,6%) no comparativo com igual período de 2015. A Argentina foi o segundo destino do calçado nacional no período. Para lá foram embarcados 9,15 milhões de pares por US$ 106,62 milhões, resultados superiores em pares (19,2%) e em dólares (65%) na relação com igual ínterim do ano passado. O terceiro destino no período foi a França, para onde foram embarcados 7,52 milhões de pares que geraram US$ 48,14 milhões, incrementos de 12% em pares e 7% em dólares no comparativo com o mesmo período de 2015.
Entre janeiro e novembro de 2016, o Rio Grande do Sul se manteve como o principal exportador de calçados do Brasil. No período, os gaúchos venderam ao exterior 25,3 milhões de pares que geraram US$ 382,8 milhões, números superiores tanto em pares (42%) quanto em dólares (17,7%) na relação com o ano passado.
O segundo maior exportador do período foi o Ceará. Nos 11 meses, os cearenses embarcaram 40,24 milhões de pares por
US$ 227,68 milhões, resultado inferior em volume (-4,8%) e superior em receita (2,8%) no comparativo com igual ínterim de 2015.
Mesmo com uma queda de 12% em volume e 11,4% na receita gerada pelas exportações de calçados, São Paulo seguiu como o terceiro maior exportador do Brasil. Entre janeiro e novembro, os calçadistas paulistas embarcaram 8,45 milhões de pares que geraram US$ 98,62 milhões.
Seguindo a tendência de queda, provocada pela retração da demanda no mercado interno, entre janeiro e novembro as importações de calçados caíram 34% em volume e 30,8% em dólares na relação com igual período do ano passado. Em 2016, já entraram no Brasil 21 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 319,4 milhões. As principais origens foram o Vietnã (9,55 milhões de pares por US$ 175,8 milhões, quedas de 45,3% e 30%, respectivamente), Indonésia (3,8 milhões de pares por US$ 69,17 milhões, quedas de 38% e 37,6%, respectivamente) e China (5,5 milhões de pares por US$ 34 milhões, quedas de 10,7% e 22,6%, respectivamente).

Embarques de couro crescem 7,8% em novembro; participação gaúcha é de 21,3%

As exportações brasileiras de couros e peles em novembro registraram um total de US$ 155,8 milhões em faturamento, o que significa um aumento de 7,8% em relação ao mesmo mês de 2015. Em área, o número alcançado em novembro foi de 14,04 milhões de metros quadrados. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior do Mdic, com análise do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).
Em novembro, o País também alcançou a marca de 77 nações como compradoras ao longo do ano. O ranking de estados exportadores coloca o Rio Grande do Sul em primeiro lugar, com 21,3% de participação no faturamento total, em seguida São Paulo, com 20,7%, seguidos de Goiás (15%), Paraná (9,1%) e Ceará (7,3%).
O presidente executivo do CICB, José Fernando Bello, destaca que a promoção das exportações de couros do Brasil tem sido trabalhada com muita intensidade por diversas frentes, como inteligência comercial, aprimoramento de imagem e qualificação profissional.
Já para as primeiras semanas de 2017, há uma série de atividades confirmadas com vistas à ampliação de mercados e novos contatos comerciais: trata-se da realização do Inspiramais, em São Paulo, nos dias 16 e 17 de janeiro, e a participação nas feiras Première Vision Leather New York e India International Leather Fair (IILF), em Chennai, na Índia. Estas atividades contam com o apoio do Brazilian Leather - iniciativa de estímulo às exportações de couros e peles brasileiras desenvolvida pelo CICB em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

'Grevismo' de funcionários nas aduanas vai parar a economia, alerta dirigente da Fiergs

No mínimo há seis meses o Rio Grande do Sul vem sofrendo prejuízos pelo movimento de paralisação dos fiscais aduaneiros, agora agravado pela significativa intensificação do direcionamento de mercadorias para o canal vermelho. "Várias indústrias já estão reduzindo a produção, e outras irão antecipar ou adotar o sistema de férias coletivas, considerando ainda a demissão de trabalhadores. É a economia que está parando, não só diante da crise nacional, mas pelo grevismo dos funcionários." As afirmações são do coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex) da Fiergs, Cezar Müller, em reunião, ontem, com mais de 40 empresas exportadoras e importadoras, na sede da Fiergs. "Estamos sendo prejudicados pelo movimento que atrasa a liberação das mercadorias", enfatizou.
Em dois dias, a entidade terá um levantamento detalhado de prejuízos e necessidades das indústrias de medidas de ajuste. Segundo Müller, existem casos de matérias-primas e insumos importados que não estão chegando às fábricas, assim como produtos finalizados que não conseguem chegar ao seu destino conforme os contratos firmados. A utilização impositiva do canal vermelho - a conferência física e documental da mercadoria, com abertura de contêineres - no mínimo, atrasa sobremaneira os embarques. "Além dos prejuízos internos imediatos, a nossa imagem no exterior está sendo atingida mais uma vez, com reflexos que virão em pouco tempo", acrescentou Müller.