Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Trabalho

- Publicada em 05 de Dezembro de 2016 às 22:47

Metalúrgicos revertem 180 demissões

Trabalhadores vão receber 13º salário nos dias 7 e 20 de dezembro

Trabalhadores vão receber 13º salário nos dias 7 e 20 de dezembro


SINDICATO DOS METALURGICOS DE CAXIAS DO SUL /SINDICATO DOS METALURGICOS DE CAXIAS DO SUL/DIVULGAÇÃO/JC
Mobilizados há quase um mês, período em que houve protestos nas ruas e paralisação das atividades produtivas, além de audiências na Justiça do Trabalho, os trabalhadores da Guerra conseguiram reverter 180 demissões anunciadas pela diretoria da empresa de Caxias do Sul, que não havia pagado as verbas rescisórias.
Mobilizados há quase um mês, período em que houve protestos nas ruas e paralisação das atividades produtivas, além de audiências na Justiça do Trabalho, os trabalhadores da Guerra conseguiram reverter 180 demissões anunciadas pela diretoria da empresa de Caxias do Sul, que não havia pagado as verbas rescisórias.
Ontem, em assembleia, os trabalhadores da fabricante de implementos rodoviários que haviam sido demitidos em 18 de novembro aprovaram proposta feita pelo grupo, que contempla pagamento do 13º salário nos dias 7 e 20 de dezembro e o valor integral do salário de novembro no dia 14. Também foram canceladas as rescisões, que só voltarão a ser feitas com o pagamento integral dos direitos aos trabalhadores. "Se não houver mobilização, pouco a pouco, perderemos os nossos direitos. Esta conquista é um marco para o movimento social", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Assis Melo. No dia 9, no Tribunal Regional do Trabalho, em Porto Alegre, será assinada e documentada a proposta.
De acordo com o dirigente sindical, mobilizações serão necessárias em outras empresas, que também demitiram sem pagar as indenizações. Uma empresa nestas condições é a Silpa, que produz componentes para o segmento de veículos pesados. A empresa demitiu 16 funcionários sem honrar as verbas das rescisões. "A luta da resistência para não perder direitos, muitas vezes, é mais dura do que a luta para conquistar direitos", enfatizou Melo.
A Guerra, que está em recuperação judicial desde 2015, com dívida avaliada em R$ 240 milhões, propôs o parcelamento das verbas rescisórias. Mas, segundo o sindicato, não dava garantias para o cumprimento da proposta. O valor estimado das 180 demissões era de R$ 5,5 milhões.
Segundo o advogado do sindicato, Paulo Freitas, a Lei de Recuperação Judicial é péssima quanto às suas garantias, pois privilegia o pagamento das dívidas com instituições financeiras, outros credores e, se sobrar dinheiro, são pagos os trabalhadores. "Esta lei não permite nenhum tipo de execução judicial contra a empresa", assinalou.

Ministro anuncia ajustes no PPE

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou ajustes no Programa de Proteção ao Emprego (PPE), iniciativa lançada durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff para flexibilizar as jornadas de trabalho e os salários dos trabalhadores em período de retração da economia brasileira, evitando o corte de vagas. Segundo Nogueira, a iniciativa passará a se chamar Programa de Sustentação ao Emprego (PSE), será uma política permanente e terá redução de custos.
"O programa passará a ser política pública de proteção ao emprego, um programa de Estado", afirmou, nesta segunda, o chefe da pasta, durante congresso organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "O PSE servirá não apenas para proteger o emprego do trabalhador em época de crise, mas também o fará a um custo 25% menor do que o seguro-desemprego tradicional."