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Repórter Brasília

- Publicada em 08 de Dezembro de 2016 às 01:47

A mãe de todas as crises

A crise política é a origem da depressão por que o Brasil passa. E, sem resolver a crise, o País não crescerá. O diagnóstico do presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e diretor da Confederação Nacional da Indústria, Heitor José Müller, foi feito em Brasília, alertando que as idas e vindas do poder são um veneno para a confiança do empresário. "Os Três Poderes não se entendem, o Senado briga com o Supremo Tribunal Federal. Qual a confiança que o empresário pode ter para investir, contratar empregados, e assim por diante, com a realidade atual, isso é uma outra equação que nós temos que entender. Pode até haver um reaquecimento, uma melhora na nossa economia aumentando a produção desde que haja mais consumo, mas a geração de mais empregos, isso vai demorar mais, porque as empresas estão ainda muito feridas", apontou. Resumindo, "a turbulência política é o nosso maior problema. A situação da nossa economia, o desastre no nosso PIB, a culpa principal é da situação política".
A crise política é a origem da depressão por que o Brasil passa. E, sem resolver a crise, o País não crescerá. O diagnóstico do presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e diretor da Confederação Nacional da Indústria, Heitor José Müller, foi feito em Brasília, alertando que as idas e vindas do poder são um veneno para a confiança do empresário. "Os Três Poderes não se entendem, o Senado briga com o Supremo Tribunal Federal. Qual a confiança que o empresário pode ter para investir, contratar empregados, e assim por diante, com a realidade atual, isso é uma outra equação que nós temos que entender. Pode até haver um reaquecimento, uma melhora na nossa economia aumentando a produção desde que haja mais consumo, mas a geração de mais empregos, isso vai demorar mais, porque as empresas estão ainda muito feridas", apontou. Resumindo, "a turbulência política é o nosso maior problema. A situação da nossa economia, o desastre no nosso PIB, a culpa principal é da situação política".
Solução é trabalhar 15 horas
E isso mata qualquer esperança de recuperação no curto prazo. "O governo está cuidando de sua parte, do equilíbrio fiscal, de tudo o que está acontecendo, e não está fazendo nada em direção à reativação da economia. Nós estamos com um déficit de produção e tivemos um encolhimento do nosso PIB nos últimos anos. Tudo o que nós eventualmente melhorarmos vai ser apenas a recomposição daquilo que nós já perdemos", apontou. A solução, de acordo com Müller (foto), é desumana. "A solução é todos trabalharmos 15 horas por dia. Com isso, a produção aumentaria, e mais impostos seriam pagos."
Punição à produção
Outra constatação melancólica de Heitor Müller é que o Brasil pune quem produz. O reflexo disso é um País que perdeu o próprio mercado interno. "Nós não estamos conseguindo concorrer no mercado internacional e perdemos até o mercado interno, porque outros países fornecem muito mais barato do que nós podemos produzir. Nós temos uma legislação punitiva para quem produz no Brasil e nós precisamos que, pelo menos, seja diminuída a burocracia. A burocracia está nos consumindo e está deixando empresários sem vontade de empreender", diz. Os números dão peso para suas as afirmações. Segundo ele, a desindustrialização é percebida com simples planilhas. "Nós já fomos superavitários, já tivemos superávit na indústria de transformação com mais de US$ 100 bilhões por ano. Hoje, nós temos um déficit, na mesma conta, de mais de US$ 100 bilhões por ano. Ou seja, invertemos. Somando as duas coisas, US$ 200 bilhões." Segundo ele, a política de expansão deu errado por virar as costas aos mercados tradicionais.
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