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JC Contabilidade

- Publicada em 20 de Dezembro de 2016 às 12:20

Desistir jamais! Que venha 2017

Antônio Palácios é presidente do CRCRS

Antônio Palácios é presidente do CRCRS


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Mais um final de ano! Época sempre propícia para avaliações e projeções. O que se deveria ter feito e não se fez? E o que se fez errado? Mas acima de tudo, o final de ano nos passa sempre uma sensação de etapa concluída (bem ou mal) e esperança de tempos melhores.
Mais um final de ano! Época sempre propícia para avaliações e projeções. O que se deveria ter feito e não se fez? E o que se fez errado? Mas acima de tudo, o final de ano nos passa sempre uma sensação de etapa concluída (bem ou mal) e esperança de tempos melhores.
Mas, será que neste final de 2016 os brasileiros podem ter esta perspectiva de esperança de dias melhores? Será que o que aconteceu em 2016 e que está acontecendo nestes últimos dias nos autoriza a pensar otimistamente?
São muitas perguntas, a maioria delas sem resposta. A população brasileira talvez nunca tenha chegado a um fim de ano em situação tão difícil para arriscar planos, palpites, previsões boas ou ruins. No final do ano passado, após muitas manifestações das ruas, o povo já acreditava que o impeachment era inevitável e tudo era apenas uma questão de tempo. E assim foi. Mas, aí veio aquela sensação de insegurança de quem chega ao destino, olha para os lados e não sabe para onde ir.
Muito rapidamente passou-se a ver mais do mesmo. Veio a sensação de que somente as moscas haviam mudado. A operação Lava Jato seguiu sua trilha em busca dos que dilapidaram nosso País e as investigações, delações e leniências começaram a mostrar que aqueles que ficaram com a missão de dar um novo caminho ao nosso País, de alguma forma também estavam envolvidos com as tenebrosas transações.
Meu Deus, que frustração! Será que o nosso Brasil merece isso? Aqueles que precisam enxergar alguma luz, que deveriam sinalizar seriedade e credibilidade para que voltem a investir neste País, começam a balançar. Os capitais estrangeiros, tão odiados por alguns, mas tão absolutamente indispensável a nossa retomada rumo ao crescimento econômico, voltam a puxar o freio de mão.
A população está estarrecida com tanta denúncia, tanta decepção com as pessoas que deveriam estar trabalhando para nos tirar o mais rápido possível desta situação. A cada dia que passa o sentimento de frustração vai se transformando em irritação e revolta, quando se vê deputados e senadores pensando exclusivamente nos seus próprios problemas; quando descaradamente tentam aprovar alterações nas leis, buscando a sua própria proteção; quando se reúnem na calada da noite para descaracterizarem um rol de medidas endossadas por milhões de brasileiros e transformá-lo em uma piada de mau gosto.
Aí, fica difícil ter apoio para da população para aprovação de medidas que são necessárias para nos tirar da situação que estamos e, acima de tudo, criar um cenário mais favorável para nossos filhos e netos. Não existe credibilidade para pedir o apoio da população. Como apoiar a quem a cada dia demostra merecer menos a nossa confiança?
A classe contábil está igualmente perplexa diante desse quadro. A estagnação da economia reflete diretamente nos resultados de nossos clientes. A falta de perspectiva inibe os investimentos e assusta o empresário que passa a pensar tão somente na redução de custos, e os prestadores de serviço são, naturalmente, os primeiros alvos dessa redução. Precisamos mostrar aos nossos clientes que, apesar do clima de insegurança, é preciso manter as condições para estar preparado para quando a crise passar, e ela vai passar. Nosso País já viveu momentos mais difíceis e os superou.
Temos que estar atentos e mostrar que a nossa classe está inserida neste contexto social, que luta pela recuperação do Brasil e que, neste momento, o nosso trabalho pode ajudar, em muito, aos empresários a tomarem decisões corretas, baseadas em dados concretos e não apenas em palpites macroeconômicos passados pelos economistas na mídia. O empresário precisa conhecer muito bem o seu mercado e o seu negócio para tomar as decisões corretas. E, nisso, ninguém tem melhores condições de auxiliar.
A classe contábil continuará atenta e disposta a lutar pela ética e pela transparência. Enfim, vamos em frente. Desistir jamais! Que venha 2017 - Feliz Ano-Novo a todos!
Presidente do CRCRS
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