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Empresas & Negócios

- Publicada em 12 de Dezembro de 2016 às 13:57

Epi aposta na força do sol paragerar energia

Para Annelise, o segmento que entusiasma agora é o da geração solar

Para Annelise, o segmento que entusiasma agora é o da geração solar


MARCO QUINTANA/JC
Jefferson Klein
Desenvolvedora de grandes empreendimentos, como parques eólicos, a soluções de menor porte, como sistemas fotovoltaicos para abastecer residências e comércios, a Epi Energia Projetos e Investimentos é uma das desbravadoras do mercado de energia renovável no Rio Grande do Sul. A companhia gaúcha, criada em 2004 e que possui como sócia a alemã EAB New Energy, já atravessou as fronteiras do Estado e também participou da implantação da maior usina de produção de eletricidade através da força dos ventos no Uruguai. Agora, de acordo com a diretora da empresa, Annelise Dessoy, o segmento que entusiasma pelo seu elevado potencial é o da geração solar.
Desenvolvedora de grandes empreendimentos, como parques eólicos, a soluções de menor porte, como sistemas fotovoltaicos para abastecer residências e comércios, a Epi Energia Projetos e Investimentos é uma das desbravadoras do mercado de energia renovável no Rio Grande do Sul. A companhia gaúcha, criada em 2004 e que possui como sócia a alemã EAB New Energy, já atravessou as fronteiras do Estado e também participou da implantação da maior usina de produção de eletricidade através da força dos ventos no Uruguai. Agora, de acordo com a diretora da empresa, Annelise Dessoy, o segmento que entusiasma pelo seu elevado potencial é o da geração solar.
JC Empresas & Negócios - Como nasceu a Epi?
Annelise Dessoy - A Epi surgiu, em 2004, da necessidade de os alemães da EAB New Energy abrirem mais uma empresa para absorverem alguns projetos. A Epi começou do zero. Iniciamos desenvolvendo projetos pequenos de pesquisa, com parcerias com universidades como a Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) e a Federal do Rio Grande (Furg). O primeiro projeto de maior porte concretizado foi no município de Rio Grande, que foi um centro de energia renovável.
Empresas & Negócios - Como ocorreu a experiência internacional da empresa?
Annelise - Optamos em apostar na Argentina, mas vimos que não andava bem, por causa da economia. Vimos que não era o momento e então fomos para o Uruguai, há cerca de nove anos. Fomos os primeiros a falar com o governo uruguaio sobre energia eólica. Fomos para o Uruguai, onde fomos muito bem-sucedidos, participando do maior parque eólico daquele País, com 117,5 MW de potência instalada (parque eólico Peralta, que fica no departamento de Tacuarembó). Ainda mantivemos o pé na Argentina, prospectando negócios.
Empresas & Negócios - A companhia possui alguma outra iniciativa de maior porte sendo realizada atualmente no exterior?
Annelise - Estamos desenvolvendo outro parque eólico de 50 MW, em Melo, também no Uruguai. Chama-se Cerro Grande, e as obras começaram no segundo semestre de 2016. No Brasil, estamos atuando em estados como Rio Grande do Sul e Bahia, principalmente com sistemas de aproveitamento da energia solar.
Empresas & Negócios - Como está o mercado brasileiro de micro e minigeração de energia (formado por pequenos geradores, como residências e comércios, que utilizam aparelhos para gerar eletricidade, como painéis fotovoltaicos)?
Annelise - Esse mercado está evoluindo. Logo depois que saiu a legislação (Resolução Normativa nº 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel -, de 2012, que regra o assunto), foi muito devagar, porque todo mundo quis esperar para ver. Atualmente, está aumentando cada vez mais a quantidade de projetos, mas esbarramos na questão da oferta de financiamentos. Esse é o grande problema, as linhas que existem não são adequadas (em agosto de 2016, de acordo com a Aneel, o Brasil possuía mais de 5 mil conexões na rede elétrica por meio de sistemas de micro e minigeração, contra 1.148 em setembro de 2015. Do total de instalações, cerca de 98% eram provenientes de painéis fotovoltaicos).
Empresas & Negócios - A geração solar está sendo hoje a grande sensação no campo das energias renováveis?
Annelise - Acredito que a energia solar conquistará muito espaço. Por quê? Em primeiro lugar, porque tem uma instalação rápida e resolve problemas bem pontuais. Este é o grande momento da solar.
Empresa & Negócios - O fato de se tratar de um produto com uma tecnologia que não é familiar para a maior parte da população abre espaço para eventuais aproveitadores no mercado?
Annelise - Abre. Um bom vendedor vende melhor do que um bom engenheiro. O engenheiro é tão meticuloso que chega a ser chato, verificando até os parafusos do sistema, e o vendedor quer é colocar o aparelho no telhado.
Empresas & Negócios - Além do desconhecimento, que fatores podem implicar em equipamentos de baixa qualidade?
Annelise - Há uma diferença entre empresas que vendem kits e companhias que fazem engenharia. A qualidade do equipamento usado e a fixação dos painéis influem no preço do sistema fotovoltaico, mas quem está comprando não sabe disso.
Empresas & Negócios - Como o público pode ter a consciência de quais são as melhores empresas, os produtos mais adequados?
Annelise - É difícil responder. Talvez, pelos meios de comunicação. Nós, por exemplo, algumas vezes, trabalhamos com indicações, e as pessoas sabem quem nós somos.
Empresas & Negócios - De onde a Epi adquire seus painéis fotovoltaicos?
Annelise - Da China. A montagem no Brasil custaria cerca de 30% a mais. Se for para montar uma grande usina solar, para desenvolver uma visão de futuro, de repente valeria a pena adquirir peças aqui no Brasil. É preciso criar incentivos para essa atividade. Mas, para esses pequenos projetos, não vale a pena comprar no mercado interno.
Empresa & Negócios - Como é traçado o planejamento quanto à instalação de um projeto fotovoltaico?
Annelise - Normalmente, costumamos fazer a avaliação de toda a demanda de eletricidade, porém o cliente decide se quer atender a um consumo menor. É um estudo, não é simplesmente jogar kits no telhado do estabelecimento. O custo varia dependendo do tamanho do sistema e da necessidade de cada cliente.
 
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