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Empresas & Negócios

- Publicada em 02 de Dezembro de 2016 às 17:51

O senso de urgência é ferramenta fundamental

Henrique Girardi
Uma habilidade gerencial vem sendo alvo de intenso debate no segmento empresarial ao longo dos últimos meses. Não só por questões referentes a sua existência, mas, principalmente, pelos severos impactos causados diante de sua ausência. O "senso de urgência" é fundamental na movimentação e mobilização de empresas, seja em momentos de dificuldades ou em necessidades de melhorar os resultados que já são positivos. A necessidade pode ser ainda maior no primeiro caso, pois o prejuízo pela falta de mobilização pode ser o encerramento de uma atividade ou qualquer tipo de colapso dentro de uma organização.
Uma habilidade gerencial vem sendo alvo de intenso debate no segmento empresarial ao longo dos últimos meses. Não só por questões referentes a sua existência, mas, principalmente, pelos severos impactos causados diante de sua ausência. O "senso de urgência" é fundamental na movimentação e mobilização de empresas, seja em momentos de dificuldades ou em necessidades de melhorar os resultados que já são positivos. A necessidade pode ser ainda maior no primeiro caso, pois o prejuízo pela falta de mobilização pode ser o encerramento de uma atividade ou qualquer tipo de colapso dentro de uma organização.
Muitos autores tratam sobre este tema, e sua importância é percebida diariamente nas organizações. Gestão é semelhante a andar de bicicleta. Envolve equilíbrio e movimento. O "senso de urgência" é, essencialmente, a habilidade de perceber e sentir uma situação onde é necessária a mobilização ágil de um grupo a fim de solucionar determinada demanda. A bicicleta nem sempre está na direção certa e é, em alguns casos, necessária a mudança de rota ou a busca de novos caminhos.
No livro Managing, Henry Mintzberg apresenta um modelo sobre o papel de gestores na gestão de suas organizações, departamentos ou unidades. Neste modelo, onde o gestor está no centro, há três papéis: no plano das informações, no plano das pessoas e no plano das ações. O "senso de urgência" perpassa por todos esses planos, pois necessita de informações - sua coleta, análise e disseminação - assim como requer a atuação das pessoas e suas ações efetivas na resolução de demandas. Na visão do autor, dois são os papéis principais da gestão no plano das informações. Primeiro a comunicação, a promoção do fluxo de informações para todas as direções a partir do gerente. O segundo papel é o de controle, ou seja, o uso das informações para motivar comportamentos.
O trabalho da gestão é significativamente o de processar informações, especialmente por meio de muito ouvir, enxergar e sentir, além de muitas conversas. O gestor ao gerir uma equipe é o centro nervoso da unidade. É o membro mais bem informado, pois reúne informações de diversas especialidades e departamentos, e faz as conexões necessárias, criando diagnósticos e percebendo a urgência de determinados temas. No entanto, o líder não pode acompanhar pessoalmente e verificar todas as questões de sua empresa ou departamento. É preciso delegar e contar com a participação de colaboradores. Por isso o canal entre gestor e subordinados deve estar sempre aberto.
Sempre questiono os líderes de organizações, que não estão alcançando os resultados esperados, se os gerentes e os colaboradores estão familiarizados com a situação da companhia. Em organizações de capital fechado, há sempre a preocupação em disseminar relatórios e divulgar os resultados da empresa. No entanto, há diversas maneiras de sensibilizar e mobilizar um grupo. Esta mobilização não precisa ser, necessariamente, com a apresentação de todas as informações. Algumas são e sempre serão sigilosas. O importante é o líder da companhia, unidade ou setor passar a mensagem de atenção e de urgência para determinadas questões serem resolvidas. Tudo fica mais difícil quando não há o compartilhamento e a mobilização da companhia.
Tentar criar este "senso de urgência" com base em indicadores e resultados financeiros pode ser uma grande armadilha, visto que estes resultados demoram a aparecer e que podem representar uma lacuna grande de tempo entre o acontecimento em si, sua identificação e o encaminhamento de sua resolução. Os indicadores de maior impacto a fim de criar o "senso de urgência" são aqueles que monitoram ativos intangíveis. Em outros casos, conforme citado anteriormente, o "senso de urgência" pode ser necessário, a fim de aproveitar alguma oportunidade, e não apenas resolver alguma dificuldade da organização.
De qualquer forma, disseminação, conscientização, sensibilização e mobilização da equipe são aspectos fundamentais a fim de gerar movimento nas companhias.
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