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Política

- Publicada em 28 de Novembro de 2016 às 20:06

PGR pede à PF gravações feitas por ex-ministro da Cultura

A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ofício à direção da Polícia Federal solicitando que sejam remetidas ao Ministério Público as gravações que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero diz ter feito antes de pedir demissão. Calero admitiu em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, que gravou uma ligação telefônica com o presidente Michel Temer, mas alegou que foi uma conversa formal. Calero apenas teria apresentado seu pedido de demissão do cargo.
A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ofício à direção da Polícia Federal solicitando que sejam remetidas ao Ministério Público as gravações que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero diz ter feito antes de pedir demissão. Calero admitiu em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, que gravou uma ligação telefônica com o presidente Michel Temer, mas alegou que foi uma conversa formal. Calero apenas teria apresentado seu pedido de demissão do cargo.
Embora o ex-ministro não tenha confirmado, fontes ouvidas pelo GLOBO afirmam que Calero também gravou o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. A PF faz uma perícia das gravações, mas, segundo investigadores, nem todos os áudios são de boa qualidade, o que dificulta a transcrição das conversas.
O ex-ministro da Cultura acusou o presidente Michel Temer de propor que fosse feita uma "chicana", manobra jurídica para conseguir, via Advocacia-Geral da União (AGU), uma decisão que fosse boa "para todos" no caso do embargo proposto pelo Instituto Nacional do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan) à construção do edifício La Vue, em Salvador, onde Geddel Vieira Lima tinha comprado um apartamento.
"Em menos de 24 horas, todo aquele respaldo que ele me havia garantido, ele me retira. Me determina que eu criasse uma manobra, um artifício, uma chicana, como se diz no mundo jurídico, para que o caso fosse levado à AGU - disse Calero ao "Fantástico".
Domingo, antes de a entrevista do ex-ministro ser divulgada, Temer classificou de indigna a decisão de Calero de gravar secretamente uma das conversas que os dois tiveram sobre o assunto.
"Com toda franqueza, gravar clandestinamente, sempre algo desarrazoável, é indigno. Um ministro gravar o presidente da República é gravíssimo", disse Temer. - Se gravou, eu espero que essa gravação logo venha à luz, vou exigir que venha à luz. Vocês sabem que sou cuidadoso nas palavras, jamais diria algo inadequado.
 
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