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Repórter Brasília

- Publicada em 27 de Novembro de 2016 às 23:30

Não perder o rumo

Fernando Henrique Cardoso (foto) disse que o importante é não perder o rumo

Fernando Henrique Cardoso (foto) disse que o importante é não perder o rumo


MAURO SCHAEFER/ARQUIVO/JC
O presidente Michel Temer pagou o preço de ter dado o benefício da dúvida ao amigo Geddel Vieira Lima. A dúvida acabou recaindo sobre ele próprio. O governo não conseguiu enxergar que um pequeno desvio ético seria insustentável no meio de uma crise como a que o Brasil enfrenta hoje com a Lava Jato, Medidas de Combate à Corrupção, delações premiadas, dívidas dos Estados. Só quando o circo já pegava fogo é que o Palácio do Planalto admitiu que errou, saiu da administração do varejo reconhecendo que não anteviu a dimensão do problema. Michel Temer poderia ter evitado boa parte do recrudescimento da crise de tráfico de influência, criada por Geddel se tivesse afastado o amigo tão logo o problema foi levado a público. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (foto) resumiu em poucas palavras: "O importante é não perder o rumo".
O presidente Michel Temer pagou o preço de ter dado o benefício da dúvida ao amigo Geddel Vieira Lima. A dúvida acabou recaindo sobre ele próprio. O governo não conseguiu enxergar que um pequeno desvio ético seria insustentável no meio de uma crise como a que o Brasil enfrenta hoje com a Lava Jato, Medidas de Combate à Corrupção, delações premiadas, dívidas dos Estados. Só quando o circo já pegava fogo é que o Palácio do Planalto admitiu que errou, saiu da administração do varejo reconhecendo que não anteviu a dimensão do problema. Michel Temer poderia ter evitado boa parte do recrudescimento da crise de tráfico de influência, criada por Geddel se tivesse afastado o amigo tão logo o problema foi levado a público. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (foto) resumiu em poucas palavras: "O importante é não perder o rumo".
Os desafios da semana
A semana começa com desafios ainda maiores para o governo no Congresso Nacional Acertar na escolha do novo a articulador político do governo para negociar com deputados e senadores escaldados buscando a aprovação dos projetos indispensáveis para a recuperação da crise que vive o país. Entre eles estão o reajusta fiscal (teto dos gastos públicos), a repatriação de recursos do exterior, medidas de combate à corrução, mais adiante, a reforma da Previdência e reforma Política.
Epicentro da Crise
As obras embargadas do empreendimento em Salvador, onde Geddel comprou um imóvel passou a ser o principal assunto da semana passada envolvendo toda a cúpula do governo peemedebista além dos presidentes do Senado e da Câmara, dos líderes e base do governo no Congresso Nacional. O presidente Temer deveria ter feito o que fez o ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, quando estava no governo. Tendo saído na defesa intransigente de um amigo que estava bastante enrolado declarou: " Eu vou com os amigos até a cova. Mas não boto o pé na cova". E saiu fora.
Tombado pelo Iphan
O apartamento de Geddel, comprado na planta, virou motivo de pedido de impeachment que a oposição planeja protocolar nessa segunda feira. O argumento é que Temer tratou de assuntos particulares no cargo de Presidente. Só a renúncia e novas eleições repactuam a democracia e abrem caminho para solução dos problemas do País", disse o vice-líder do PT, deputado federal Henrique Fontana. Outro vice-líder do PT, Elvino Bohn Gass repetiu uma piada que alguns parlamentares brincavam no corredor da Câmara: "Temer é o primeiro presidente tombado pelo Iphan".
Defesa antecipada
No PMDB, silêncio sobre o caso. Deputados evitavam falar sobre o assunto poucos dias depois de tê-lo defendido com unhas e dentes. Evidências de uma estratégia ruim. Quando Calero se demitiu, a oposição pediu apenas a cabeça de Geddel. Todas as tentativas de convocá-lo foram rejeitadas. A demora de uma solução fez com que o ex-ministro, o diplomata Marcelo Calero, resolvesse criminalizar o episódio indo espontaneamente depor na Polícia Federal (PF). Com isso, virou uma bola de neve e o tiroteio cruzado veio de todos os lados atingindo fortemente o governo.
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