Os três deputados que compõem a bancada do PSB na Assembleia Legislativa devem decidir em conjunto como votarão as medidas que compõem o pacote apresentado pelo Governo do Estado ao legislativo na semana passada. O partido, que fez parte da coligação de José Ivo Sartori (PMDB) no pleito de 2014, não descarta a possibilidade de apresentar um nome próprio ao Executivo Estadual no próximo pleito.
"A executiva não se aprofundou sobre o cenário de 2018", pondera o deputado estadual Miki Breier (PSB), que ocupa a cadeira até o fim deste ano - em janeiro, assume como prefeito em Cachoeirinha. Tanto ele quando o prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo (PSB), reeleito para os próximos quatro anos, apontam o presidente estadual da sigla, Beto Albuquerque, como nome forte do partido para uma disputa majoritária.
Luciano defende internamente a candidatura de Beto a governador ou ao Senado. Ele entende que o momento vivido com a discussão do pacote na Assembleia vai indicar como os partidos vão se posicionar em 2018, "quais vão ficar e quais vão se descolar do governo".
Miki acredita que Beto pode ser até candidato à presidência da República. "Mas é importante lembrar que estamos compondo um governo e acredito que o PSB precisa dialogar com esse conjunto de partidos que hoje está junto ao governo do Estado", pondera o parlamentar.
O deputado diz que a inclinação do partido é votar favorável às medidas do Governo, cabendo avaliação em casos como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende retirar a necessidade de realizar plebiscito para definir pela privatização das companhias Estadual de Energia Elétrica (CEEE), de Gás (Sulgás) e Rio-grandense de Mineração (CRM). "Entendemos que a população deva ter sua participação", completa Miki.