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Opinião

- Publicada em 30 de Novembro de 2016 às 16:15

Uma tevê sem público

Já me cansa tanto ouvir a falácia de que o Brasil precisa de uma TV pública para assegurar ao telespectador uma programação de alta qualidade que as emissoras privadas não oferecem. É duro para um profissional do setor ouvir calado, mas devo fazê-lo em nome da boa educação e compostura de relator do parecer sobre a Medida Provisória nº 477 que trata da reestruturação da Empresa Brasil de Comunicação em tramitação no Senado Federal. A televisão privada brasileira é, na verdade, das melhores do mundo. Isto é reconhecido não só pelos técnicos e observadores, mas também pelo público de mais de 100 países que confere audiência às programações de teledramaturgia e jornalismo documental produzidos no Brasil e exibidos mundo afora em horários competitivos.
Já me cansa tanto ouvir a falácia de que o Brasil precisa de uma TV pública para assegurar ao telespectador uma programação de alta qualidade que as emissoras privadas não oferecem. É duro para um profissional do setor ouvir calado, mas devo fazê-lo em nome da boa educação e compostura de relator do parecer sobre a Medida Provisória nº 477 que trata da reestruturação da Empresa Brasil de Comunicação em tramitação no Senado Federal. A televisão privada brasileira é, na verdade, das melhores do mundo. Isto é reconhecido não só pelos técnicos e observadores, mas também pelo público de mais de 100 países que confere audiência às programações de teledramaturgia e jornalismo documental produzidos no Brasil e exibidos mundo afora em horários competitivos.
Tecnicamente, a tevê brasileira está no estado da arte. Por exemplo, a Rede Record é a 28ª maior do mundo em rede VHF, ou seja, a chamada televisão aberta. Sua dramaturgia já passou as fronteiras nacionais e se projeta na América Latina e nas redes hispânicas dos Estados Unidos. A Rede Globo é a quarta maior, somente atrás das três grandes norte-americanas. O SBT, com 114 emissoras retransmitindo, a Bandeirantes, a primeira na transmissão a cores, e a jovem Rede TV, pioneira em digitalização, também são referências internacionais. No setor de tevês estatais, a TV Cultura de São Paulo foi elencada pelo Instituto Populus, britânico, como a segunda tevê pública do mundo, atrás apenas da BBC One, da Inglaterra. Ou seja: o que falta no Brasil não é qualidade de sua televisão aberta. Na verdade, a televisão é o grande gerador da imagem externa do Brasil, pelo alcance de sua difusão, só superada pela produção norte-americana.
De fato, examinando a proposta incluída na PEC 477, vejo que a presidência da República propõe a profissionalização da programação da TV Brasil, substituindo um conselho amadorístico por um comitê de programação integrado por especialistas. Pode ser que assim essa emissora consiga melhorar sua audiência e cumprir seu objetivo de chegar ao público. Caso contrário fica a pergunta: para que serve um veículo sem público? Só para aumentar as despesas de seus controladores, neste caso o estado ou, melhor ainda, o povo, nós, os contribuintes do erário.
Senador (PDT)
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