O momento é de crise. O mau uso do dinheiro público, lamentavelmente, não assusta mais. A educação, no Brasil, vem sendo sucateada há tempos. Já ficou claro que o bem comum não é prioridade daqueles que só querem se locupletar.
No Rio Grande do Sul, o cenário é assustador. Apenas seis das 208 creches previstas para serem construídas nos municípios gaúchos, por intermédio do governo federal, foram concluídas. A empresa que ganhou a licitação simplesmente não entregou as obras, resultando no rompimento dos contratos. Agora, quem paga a conta é o cidadão. A mãe, o pai, a trabalhadora e o trabalhador. É inadmissível que não se coíba a participação de empresas assim em processos licitatórios tão importantes como esse, que tratam da vida das pessoas.
Estamos falando da educação do nosso Estado, sobretudo do futuro da nossa sociedade, da nossa Pátria. A tal empresa e os envolvidos já são réus e estão sendo investigados, mas isso não pode parar por aqui. Chega de descaso. O dinheiro público tem de ser tratado com respeito. Como essas pessoas têm coragem de tirar direitos e prejudicar o futuro dos nossos jovens, das nossas crianças?
Onde estão a legislação e os órgãos de controle que ainda permitem que essas empresas participem desses processos? Até quando vamos nos omitir?
Deputada estadual (PDT)