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Opinião

- Publicada em 21 de Novembro de 2016 às 17:00

Fim da violência contra as mulheres

Em 1991, um coletivo de 21 mulheres de diferentes países do mundo, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres, decide lançar uma campanha pelo fim das violências contra as mulheres, chamada de "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher".
Em 1991, um coletivo de 21 mulheres de diferentes países do mundo, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres, decide lançar uma campanha pelo fim das violências contra as mulheres, chamada de "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher".
Uma campanha que objetiva destacar o ativismo feminino em diversas frentes. Escolhendo o período de tempo entre o fim do mês de novembro e início do mês de dezembro, tendo o dia 10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos, como data final.
No Brasil, o movimento passa a fazer parte da agenda em 2003, acontecendo sistematicamente desde então. As atividades foram antecipadas, para que a agenda seja iniciada no dia 20 de novembro - Dia da Consciência Negra, reconhecendo assim as descriminações sofridas pelo povo negro, em especial a mulher negra, que precisa lutar contra o preconceito racial e de gênero.
Atualmente, o movimento pela erradicação de todas as formas de violência contra mulher está pautado, quase exclusivamente em combater a violência física ao qual a mulher é submetida, com base na Lei Maria da Penha, deixando de pautar a questão central do problema que está diretamente vinculada com a violência econômica que assombra a mulher e a sua família.
Cabe destacar que achamos de suma importância que todas as manifestações violentas sejam combatidas. Tão logo, a defendemos, mas, consideramos ser fundamental que a mulher tenha garantido o acesso à licença-maternidade, quando decidir que terá um filho, que seu filho tenha direito à creche - fundamental para que ela possa com tranquilidade voltar à sua rotina de trabalho, e que ela receba o mesmo salário que o homem pela mesma função desempenhada, e não 30% menos como vem acontecendo.
Pautar o enfrentamento à violência, sem pautar a violência econômica é no mínimo não reconhecer a luta das tecelãs, trabalhadoras que foram queimadas em uma fábrica enquanto resistiam e lutavam por melhores condições de trabalho - leia-se salário igual por trabalho igual. Pelas mulheres que lutaram bravamente para que hoje nós tenhamos o direito ao voto, e tantos outros direitos sociais que foram conquistados com luta e resistência.
Diretora da Confederação
das Mulheres do Brasil
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