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Opinião

- Publicada em 17 de Novembro de 2016 às 15:48

Você trabalha errado

No tempo do meu pai não pegava bem um profissional "sério" fazer muito esporte. Dava uma conotação de bon vivant, de vagabundo. O mundo mudou umas 20 vezes de lá para cá e hoje um profissional que não cuida de sua saúde através do esporte, da alimentação ou até mesmo do equilíbrio entre a vida no trabalho e a social é visto como desleixado e sem organização. O status que os workaholics tiveram até os anos 90 ficou para trás e hoje grandes profissionais, bem remunerados e admirados, conseguem gerar lucro e prazer na mesma proporção.
No tempo do meu pai não pegava bem um profissional "sério" fazer muito esporte. Dava uma conotação de bon vivant, de vagabundo. O mundo mudou umas 20 vezes de lá para cá e hoje um profissional que não cuida de sua saúde através do esporte, da alimentação ou até mesmo do equilíbrio entre a vida no trabalho e a social é visto como desleixado e sem organização. O status que os workaholics tiveram até os anos 90 ficou para trás e hoje grandes profissionais, bem remunerados e admirados, conseguem gerar lucro e prazer na mesma proporção.
Abílio Diniz talvez tenha sido um dos precursores desta tendência. Quando as pessoas fumavam em ambientes fechados e tomavam whisky nas reuniões, o mago do varejo brasileiro malhava, jogava tênis e fazia triatlo. Às vezes, tudo isso no mesmo dia.
A próxima tendência, que já se observa nos mercados mais desenvolvidos como os EUA, Japão e Europa, é o fim de semana de sete dias. É isso mesmo. Uma obviedade que muda completamente a forma que se trabalha. Afinal, o modelo que temos hoje vem desde a Revolução Industrial e a Era da Informação mudou isso também. Imagine uma empresa onde os funcionários definem suas horas de trabalho. Onde não há escritórios, nem cargos, nem planos de negócios, onde funcionários conseguem endossar ou vetar qualquer novo empreendimento. Onde o CEO permite que as decisões sejam tomadas pelos funcionários e, apesar de parecer ser uma receita para o caos, os números das empresas que adotam estas práticas crescem e elas ganham mercado, lucro e têm pouca rotação de pessoal.
Se você olhar seu trabalho hoje, provavelmente vai perceber que boa parte dele poderia ser feita em casa (ou na praia ou em qualquer lugar). A tecnologia nos roubou o tempo livre e terminou com o tradicional horário comercial. Mas tem o lado positivo disso, que se você tem a liberdade de trabalhar misturando sua vida profissional e pessoal com entusiasmo e energia positiva, então não faz mais sentido perder tempo no trânsito e nos restaurantes a quilo ao meio-dia.
Chefes inteligentes estão percebendo que você pode ser mais produtivo se trabalhar na manhã de domingo, por exemplo. Enquanto isso, vai jogar tênis numa terça-feira a tarde. Por que não? Quem disse que não pode? Vivemos tempos exponenciais e com certeza, a forma que seu filho vai trabalhar daqui uns anos vai fazer você se sentir tão velho como os caras que fumavam no escritório, bebiam em reuniões e achavam feio fazer esporte.
Diretor de Criação da Publivar/On
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