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Opinião

- Publicada em 02 de Novembro de 2016 às 17:48

É preciso um olhar diferente da economia

Levará de quatro a cinco anos para o País reagir ao equilíbrio fiscal decorrente das medidas que estão sendo formuladas pelo Poder Executivo e em fase de discussão no Congresso Nacional, pressuposto para a redução significativa das taxas de juros e retomada do crescimento econômico. Até lá, empresários e executivos financeiros terão de adotar um olhar diferente da economia. Este período exigirá esforço redobrado na gestão de custos e ganhos de produtividade nas empresas, bem como de inovação no processo de financiamento das atividades operacionais e de expansão.
Levará de quatro a cinco anos para o País reagir ao equilíbrio fiscal decorrente das medidas que estão sendo formuladas pelo Poder Executivo e em fase de discussão no Congresso Nacional, pressuposto para a redução significativa das taxas de juros e retomada do crescimento econômico. Até lá, empresários e executivos financeiros terão de adotar um olhar diferente da economia. Este período exigirá esforço redobrado na gestão de custos e ganhos de produtividade nas empresas, bem como de inovação no processo de financiamento das atividades operacionais e de expansão.
A necessidade de conter o déficit bilionário do setor público e rever o atual modelo de previdência certamente acarretará redução do subsídio das linhas de crédito de longo prazo operadas pelo Bndes e nos diversos programas de incentivo ao desenvolvimento, reduzindo a capacidade do Estado em fomentar diretamente o crescimento econômico no curto prazo.
Portanto, o crescimento sustentável da economia passa pela efetiva implementação de Parcerias Público-Privadas, concessões e reação do mercado de capitais para financiar o crescimento necessário, condição que depende da firme reversão de expectativas em relação à gestão pública e à segurança jurídica dos contratos.
A decisão do Copom representa a firme convicção de redução da inflação, mas quem toma financiamento sabe que a taxa de juros é estabelecida com base em diferentes pilares e que incluem a taxa básica, o custo administrativo dos bancos, os tributos e depósitos compulsórios, a inadimplência e, por fim, o lucro dos bancos. Portanto, a redução da taxa Selic não representará imediata diminuição nas taxas de juros aplicadas nas linhas de crédito.
A sinalização é de que a inflação terá de ceder, pois o governo precisa dessa condição para reduzir a taxa de juros e poder administrar a dívida que já representa 76% do PIB. Com essas variáveis e mais o congelamento de gastos, em quatro a cinco anos o País poderá alcançar um equilíbrio fiscal mínimo e só depois promover uma queda mais acentuada dos juros.
Presidente do Instituto Brasileiro
dos Executivos de Finanças/RS
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