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Saúde

- Publicada em 30 de Novembro de 2016 às 17:15

Estado ainda tem o maior número de casos de HIV

Mesmo com tendência de queda, o Rio Grande do Sul segue com os índices mais altos entre as notificações de HIV/Aids no Brasil. Houve um declínio de 11,2% entre 2006 e 2015, mas o Estado ainda tem a maior taxa de detecção de contaminação pelo vírus, com 34,7 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2014, a taxa era de 38,7, e em 2013, de 41,7. Porto Alegre é a capital com a taxa mais alta do País, de 74 casos a cada 100 mil habitantes. A nacional é de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes.
Mesmo com tendência de queda, o Rio Grande do Sul segue com os índices mais altos entre as notificações de HIV/Aids no Brasil. Houve um declínio de 11,2% entre 2006 e 2015, mas o Estado ainda tem a maior taxa de detecção de contaminação pelo vírus, com 34,7 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2014, a taxa era de 38,7, e em 2013, de 41,7. Porto Alegre é a capital com a taxa mais alta do País, de 74 casos a cada 100 mil habitantes. A nacional é de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes.
Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Saúde em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids, lembrado hoje. De 2007 até junho de 2016, foram notificados 136.945 casos de infecção pelo HIV no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - 28.879 deles na região Sul, 13.855 deles no Estado.
Na contramão da redução dos índices, a taxa de detecção em bebês no Brasil vem crescendo. Em 2006, foi de 2,1 casos a cada mil nascidos vivos, e passou para 2,7 em 2015, aumentando 28,6%. O Estado também apresenta a maior taxa, de 10,1 casos a cada mil nascidos vivos.
Os índices da Capital não são novidade para a Secretaria Municipal de Saúde. Alegando que a causa é multifatorial, a gerente de Políticas Públicas do Cuidado em Saúde para Doenças Transmissíveis, Simone Ávila, lembra que é preciso analisar os anos anteriores. "Em 2010, eram 108 casos, e, em 2014, 90,9. A queda é um reflexo dos esforços que temos feito. A tendência é que, no ano que vem, baixe ainda mais", afirma.
Segundo Simone, a prefeitura vem fazendo ações para estimular o atendimento e a conscientização. "Temos um comitê da transmissão vertical, para orientar as gestantes com HIV que não querem tomar remédios durante a gestação, e também um que avalia a trajetória das pessoas que morrem de Aids, para avaliar como foi o processo terapêutico", diz. Porto Alegre é a capital com o maior coeficiente de mortalidade, com 23,7 óbitos a cada 100 mil habitantes, embora apresente uma tendência de queda - em 2014, a taxa era de 28,4.
O Estado apresentou a segunda taxa mais elevada de casos em menores de cinco anos em 2015 - de 5,4 casos por 100 mil habitantes, atrás apenas de Roraima, com índice de 8,1. Apesar disso, há tendência de queda, uma vez que, em 2003, a taxa era de 13,2. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, que se manifestou por meio de nota, o dado tem sido utilizado como indicador para monitorar a transmissão vertical. O Rio Grande do Sul também tem o maior coeficiente de mortalidade entre os estados, de 10,2 óbitos a cada 100 mil habitantes.
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Mortalidade caiu 42,3% no Brasil em 20 anos

Existem 827 mil pessoas vivendo com HIV/Aids no Brasil. Outro dado expressivo é a queda de 42,3% na mortalidade em 20 anos. Segundo o Ministério da Saúde, o incentivo ao diagnóstico e ao início precoce do tratamento, antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas da doença, refletiram na redução. A taxa caiu de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes, em 1995, para 5,6 óbitos em 2015. Atualmente, a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 41,1 mil casos novos ao ano.
Ainda segundo o Ministério, a epidemia tem se concentrado principalmente entre populações vulneráveis e nos mais jovens. Em 2006, a razão entre os sexos era 1,0 caso em mulher para cada 1,2 casos em homem. Em 2015, é de 1 caso em mulher para cada 3 casos em homens.