A Belas Letras inverte a lógica tradicional, com suas obras alinhadas ao gosto dos leitores

Editora produz livros a partir da demanda do público


A Belas Letras inverte a lógica tradicional, com suas obras alinhadas ao gosto dos leitores

A história tem início em 2008. Começa com a demissão do jornalista Gustavo Guertler, 37 anos, da redação de um jornal de Caxias do Sul. Atuou como repórter e como editor durante sete anos. Ao ser demitido, resolveu mudar a carreira. Ainda apaixonado pelo impresso, decidiu seguir na área, apenas movendo a direção. De início, criou a coleção Meu time do coração, uma publicação sobre o mundo futebolístico com foco no público infantil. Funcionava mais ou menos assim: cada autor escrevia com a pretensão de convencer a criançada a torcer para seu time.
A história tem início em 2008. Começa com a demissão do jornalista Gustavo Guertler, 37 anos, da redação de um jornal de Caxias do Sul. Atuou como repórter e como editor durante sete anos. Ao ser demitido, resolveu mudar a carreira. Ainda apaixonado pelo impresso, decidiu seguir na área, apenas movendo a direção. De início, criou a coleção Meu time do coração, uma publicação sobre o mundo futebolístico com foco no público infantil. Funcionava mais ou menos assim: cada autor escrevia com a pretensão de convencer a criançada a torcer para seu time.
Os diferenciais já apareceram no início, quando Gustavo optou por não publicar escritores convencionais, mas nomes do mundo pop, como Humberto Gessinger, Nando Reis, Gabriel, o Pensador e Serginho Groisman. O sucesso chegou rápido, com 50 mil exemplares vendidos - marca que o jornalista considera "um número muito grande para o mercado editorial". A partir daí, já intuía o que iria se tornar.
Conhecedor da área, Gustavo identificou uma lacuna entre o que o público queria ler e o que as editoras ofereciam. Assim nasceu a Belas Letras, uma empresa que cria o conteúdo a partir da vontade do leitor. "Pude perceber essa incompatibilidade e vi que ali tinha uma oportunidade de mercado", recorda o idealizador do projeto. O produto é pensado a partir de consultas aos leitores, que opinam sobre o que e como querem ler. É uma lógica inversa, que pensa o produto a partir da demanda. Isso só é possível porque a Belas Letras se posiciona como uma criadora de conteúdo que, por acaso, é materializado em livro.
"Um livro nunca é um fim em si mesmo, é algo que vai se somar ao cinema, à música. É a extensão daquilo que as pessoas já consomem de outras formas", diz. Por isso, a editora caxiense pensa nas obras com um conceito em que não existem barreiras entre o papel e as outras formas de acesso, também impulsionadas pela internet e pelas novas tecnologias.
Longe da correria diária das redações de jornais, agora Gustavo pode relaxar. Junto à responsabilidade de empreendedor, acompanha o crescimento da filha Marina, de 8 anos, ao lado da esposa Marta. Fã de rock n'roll, o editor acredita levar uma vida simples. Gosta de passar os fins de semana com a família e, é claro, pertinho dos livros.
A Belas Letras publica de tudo. Respeitando a vontade dos clientes, somente neste ano já lançou títulos como Infinita Highway, uma biografia da banda de rock famosa nos anos 1980, Engenheiros do Hawai; O Papai é Pop 2 - um repeteco da publicação de sucesso do jornalista Marcos Piangers - e A Mamãe é Rock, a versão feminina das histórias da relação com as filhas, escrita pela esposa do radialista, Ana Cardoso.
Há, ainda, outros conhecidos como De Bem com o Espelho, compilado de dicas da maquiadora Alice Salazar; Pólvora, do roqueiro Tico Santa Cruz; e Amor à Moda Antiga, de Fabrício Carpinejar. Esses e outros exemplares estão à bela disposição do leitor durante a 62ª Feira do Livro, na banca da Belas Letras.

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