Feira do Livro tem impacto positivo para artesãos da Praça da Alfândega


Quem passa pela Praça da Alfândega nota a presença das bancas de artesãos, localizadas na rua Cassiano Nascimento. São 42 estandes, que funcionam das 10h às 18h. Em época de Feira do Livro, os expositores convivem com as tendas de livros.
Quem passa pela Praça da Alfândega nota a presença das bancas de artesãos, localizadas na rua Cassiano Nascimento. São 42 estandes, que funcionam das 10h às 18h. Em época de Feira do Livro, os expositores convivem com as tendas de livros.
O evento gera circulação de um público diferente. Este fato é visto como positivo para os comerciantes. A artesã e presidente da Associação dos Artesãos da Praça da Alfândega (Artefan), Leci Beatriz Soares, afirma que a Feira do Livro aproxima os expositores das pessoas que, em dias normais, não frequentariam os quiosques. "A gente acaba conquistando um público para o ano todo, que pode não levar nada durante a feira, mas que tende a voltar em outros momentos", ressalta Leci, que trabalha na praça desde 1986.
Antes de se alocarem em definitivo na rua Cassiano Nascimento, os artesãos ocuparam diversos espaços ao redor da Praça da Alfândega. Era preciso que se deslocassem no período em que a Feira do Livro ocorria. Nesta época, os estandes em que trabalhavam eram precários, com uma estrutura coberta por lonas. Em seu estande, entre roupas personalizadas com a técnica tie dye, incensos, pedras e filtros dos sonhos, Leci comemora esta conquista. "É um sonho realizado. Saímos da favela para um condomínio", brinca a artesã. Ela lembra, porém, que a crise econômica em que vive o Brasil também reflete nas vendas dos expositores da Alfândega. Além da diminuição do espaço físico da própria Feira do Livro, ela sentiu uma redução de cerca de 50% de circulação de público durante o evento.
O artesão Rogério Pereira, que comercializa artigos de tradição gaúcha, concorda com Leci, mas diz que a Feira do Livro sempre gera expectativa otimista para todos que ganham a vida na praça. Entre os objetos oferecidos por Rogério estão cuias de chimarrão, mateiras, garrafas térmicas, além de chaveiros, imãs de geladeira e gauchinhos para enfeitar o chimarrão. "Tenho produtos que agradam tanto a população local quanto a de fora", garante Rogério. Filho de artesãos, ele trabalha na praça há 15 anos.
"Durante a feira, em determinados dias, como os fins de semana, as minhas vendas costumam dobrar, o meu lucro chega a 100%", comemora o expositor. Por meio de sua banca na Alfândega, o artesão também firma parcerias com empresas e lojas. "Tenho encomendas de produtos diferenciados", destaca.

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