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Tragédia

- Publicada em 30 de Novembro de 2016 às 22:41

Piloto relata falta de combustível em voo da Chapecoense

Funcionários do clube preparam a Arena Condá para homenagear os mortos na queda da aeronave

Funcionários do clube preparam a Arena Condá para homenagear os mortos na queda da aeronave


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
Um piloto da empresa Avianca, que viajava próximo ao voo da Chapecoense, relatou ter ouvido a conversa entre a tripulação da aeronave e a torre de controle do aeroporto de Medellín, para onde o time iria para a disputa da final da Copa Sul-Americana. O piloto contou que a tripulação do voo da Lamia pediu prioridade de pouso no Aeroporto Rio Negro porque estaria com problemas de combustível.
Um piloto da empresa Avianca, que viajava próximo ao voo da Chapecoense, relatou ter ouvido a conversa entre a tripulação da aeronave e a torre de controle do aeroporto de Medellín, para onde o time iria para a disputa da final da Copa Sul-Americana. O piloto contou que a tripulação do voo da Lamia pediu prioridade de pouso no Aeroporto Rio Negro porque estaria com problemas de combustível.
"Solicitamos prioridade para proceder, solicitamos prioridade para proceder ao localizador, temos problemas de combustível", teria dito o piloto da Lamia, relata piloto da Avianca, cujo nome não foi divulgado. A falta de combustível é uma das possibilidades especuladas para a causa do acidente. Especialistas também não descartam uma falha elétrica.
A controladora do aeroporto teria negado a permissão por conta de outro voo da empresa VivaColômbia. Foi quando o comandante do voo da Chapecoense decretou emergência. A controladora pediu que o avião pousasse na pista 1. Enquanto isso, a tripulação do voo confirmou a pane elétrica. "Agora temos uma falha elétrica, temos uma total falha elétrica, sem combustível", disse o piloto para a controladora de voo..
Em seguida, a torre de controle perdeu o contato com o avião. No acidente, 71 pessoas morreram, entre eles 19 jogadores da Chapecoense e 21 jornalistas. Apenas seis pessoas sobreviveram. As autoridades colombianas convidaram as brasileiras a auxiliarem na investigação a partir da análise das caixas pretas, que já foram encontradas. Elas contêm os dados do voo, assim como as gravações de toda a comunicação da tripulação com a torre de controle.
 

Chape promete respeitar decisão das famílias sobre o velório

A diretoria da Chapecoense e o poder público de Chapecó se reuniram ontem para definir a logística do transporte dos corpos e do velório dos jogadores, dirigentes e comissão técnica que morreram após a queda do avião, na Colômbia.
Atendendo aos pedidos dos familiares dos jogadores, os corpos serão enterrados em diferentes cidades. "Será feito um velório na arena e depois os corpos vão para seus respectivos Estados", disse Gelson Merisio, presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, e que estava na lista de passageiros, mas não viajou por conta de compromissos políticos.
Alguns parentes foram até a Colômbia fazer o reconhecimento dos corpos, junto com membros da diretoria do clube. Ainda, não está confirmado se eles vão para Chapecó e participarão do velório ou irão direto para suas respectivas cidades.
O velório deve ser realizado na Arena Condá, e a tendência é de que se inicie na sexta-feira ou, no máximo, no sábado. Por causa da grande procura de jornalistas de todo o mundo, o marketing do clube decidiu dividir as informações e todos os detalhes serão divulgados em português, espanhol e inglês e postados na página oficial do clube.
Ontem, no horário da partida, às 21h45min, ocorreu uma vigília em homenagem às vítimas na Arena Condá, hora que estava previsto o jogo da Chape diante do Atlético Nacional, na primeira partida da final da Copa Sul-Americana. O mesmo ocorreu no estádio Atanasio Girardot, em Medellín.

Goleiro Follmann tem estado mais grave entre todos os sobreviventes

O quadro clínico do goleiro Follmann, que teve uma perna amputada, é o mais grave entre os três jogadores da Chapecoense que seguem internados em hospitais de Medellín, na Colômbia, em consequência da queda do avião que levava o elenco para a primeira partida da decisão da Copa Sul-Americana.
De acordo com boletim médico emitido ontem pelo clube catarinense, que é representada na Colômbia pelo médico Carlos Henrique Mendonça, Follmann pode ter o pé da outra perna amputado também.
"O zagueiro Neto, último dos resgatados está em estado crítico, mas estabilizado, oferecendo boas perspectivas de melhora", relata o boletim. Já o lateral Allan Ruschel foi submetido a uma cirurgia da coluna vertebral, mas está com movimentos normais nos membros superiores e inferiores.
A Chape atualizou o estado de saúde do jornalista Rafael Henzel, que trabalha em uma rádio de Chapecó. Ele teve um trauma torácico e uma fratura de perna. "O estado também é crítico, mas as perspectivas são otimistas", conta o clube. Ainda de acordo com Mendonça, a maior preocupação é o risco de infecção, já que os ferimentos apresentavam nível alto de contaminação.