STJD tira mando do Grêmio na final

O Grêmio perdeu o mando de campo da final da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG, marcada para o dai 30 de novembro, em Porto Alegre. A decisão foi tomada ontem pela 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A medida puniu o time gaúcho por conta da presença em campo de Carol Portaluppi, filha do técnico Renato, ao final da partida contra o Cruzeiro, no segundo jogo válido pela semifinal do torneio.

No dia 2 de novembro, Carol Portaluppi acompanhava a partida entre Grêmio e Cruzeiro do túnel da Arena quando foi chamada pelo pai para ficar no banco de reservas. Após o apito final, com a confirmação da classificação tricolor, ela entrou em campo abraçada com Renato. 

O fato foi relatado na súmula pelo árbitro paulista Thiago Duarte Peixoto e, na última quinta-feira, o clube foi denunciado formalmente. De acordo com os auditores do STJD, o Grêmio infringiu o artigo 213, inciso II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por "deixar de prevenir e reprimir invasão de campo ou local da disputa do evento".

Os três auditores responsáveis por julgar o caso entenderam que a infração era passível de perda de um mando de campo. O presidente da mesa, Sérgio Martinez, divergiu, mas a punição foi aplicada por maioria dos votos. O Grêmio ainda será obrigado a pagar uma multa de R$ 30 mil.

"Não creio que haja punição semelhante na história do futebol. Falaram que o Grêmio tinha chamado, que era uma questão midiática, que a Carol e seu pai queriam se promover. Essas coisas não procedem. Quero tranquilizar a torcida do Grêmio, todos têm o seu dia infeliz, hoje foi o dia infeliz da Comissão Disciplinar do STJD. Não há precedentes de uma punição como esta", disse o vice-presidente jurídico do Grêmio, Nestor Hein. Em reunião, o clube definirá a argumentação do recurso, aguardando novo julgamento em tempo hábil para a realização do jogo em Porto Alegre.