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Economia

- Publicada em 28 de Novembro de 2016 às 09:46

Mercado estima menos inflação e piora previsão para o PIB em 2016

Agência Estado
Os economistas do mercado financeiro mudaram, para melhor, suas projeções para a inflação neste ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (28) mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - este ano foi de 6,80% para 6,72%. Há um mês, estava em 6,88%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,93%. Há quatro semanas, apontava 5,00%.
Os economistas do mercado financeiro mudaram, para melhor, suas projeções para a inflação neste ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (28) mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - este ano foi de 6,80% para 6,72%. Há um mês, estava em 6,88%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,93%. Há quatro semanas, apontava 5,00%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano caiu de 6,79% para 6,68%. Para 2017, foi de 4,81% para 4,80%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,89% e 5,03%.
Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses cedeu de 4,94% para 4,89% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,95%.
Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para novembro caiu de 0,36% para 0,33%. Um mês antes, estava em 0,39%. No caso de dezembro, a previsão do Focus cedeu de 0,60% para 0,55%, ante 0,60% de quatro semanas atrás. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de setembro, o BC havia apresentado suas estimativas mensais para o IPCA no curto prazo, sendo que a taxa projetada na época para a inflação em novembro era de 0,45%.
Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que justificou a decisão do colegiado de reduzir a Selic (a taxa básica de juros) de 14,25% para 14,00% ao ano, o BC afirmou que cortes maiores dependerão da retomada da desinflação de serviços e de avanços no ajuste fiscal.
A inflação de alimentos, que em documentos anteriores era citada pelo BC, deixou de ser um dos principais problemas para o afrouxamento monetário. A instituição também confirmou na ata suas projeções para a inflação nos próximos anos, pelo cenário de referência: 7,0% em 2016, 4,3% em 2017 e 3,9% em 2018.
Em comunicação recente, já após a eleição de Donald Trump nos EUA, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a mensagem da última ata do Copom continua válida. Nesta terça e quarta-feira, dias 29 e 30, o Copom faz sua última reunião do ano e decide o novo patamar da Selic.
O Relatório Focus mostrou mudanças nas projeções para os preços administrados. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 6,07% para avanço de 6,02%.
Para o próximo ano, a mediana foi de elevação de 5,30% para alta de 5,28%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,00% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,20% em 2017.
Na ata do último encontro do Copom, o colegiado do BC havia informado que esperava alta de 6,2% para os preços administrados em 2016, de 5,8% para 2017 e de 5,1% para 2018.

Retração do PIB em 2016 passa de 3,40% para 3,49%

O Relatório de Mercado Focus desta semana trouxe novas mudanças nas projeções de atividade, em meio à percepção de que o governo tem dificuldades para promover a retoma do crescimento do País. Pelo documento, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano passaram de retração de 3,40% para queda de 3,49%. Foi a oitava semana consecutiva de piora nas projeções de atividade para este ano. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,30%.
O BC informou há duas semanas que o IBC-Br de setembro subiu 0,15% ante agosto, na série ajustada. Apesar do ganho mensal, o indicador - uma prévia do PIB - fechou o terceiro trimestre com retração de 0,78% ante o segundo trimestre, o que reforçou entre alguns economistas a percepção de que a retomada da economia ficou mais para frente.
Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), os diretores do BC disseram, ao abordar a questão do crescimento, que "os indicadores de agosto situaram-se abaixo do esperado", mas ponderaram que oscilações tendem a ocorrer em momentos de estabilização da economia.
Na semana passada, por sua vez, foi a turbulência política, envolvendo os ex-ministros Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Marcelo Calero (Cultura), além do próprio presidente Michel Temer, que lançou dúvidas sobre a capacidade de o governo continuar promovendo ajustes na economia.
Para 2017, o Focus mostra que a percepção também piorou. O mercado prevê para o País um crescimento de 0,98% no próximo ano, abaixo do 1,00% projetado uma semana antes. Há um mês, a expectativa era de 1,21%. O BC trabalha com uma retração de 3,3% para o PIB em 2016 e com uma alta de 1,3% para 2017. Já o Ministério da Fazenda, que projetava avanço de 1,6% para o próximo ano, divulgou uma nova estimativa na semana passada, de 1,0%.
No relatório Focus divulgado nesta segunda, as projeções para a produção industrial também indicaram um cenário difícil. A queda prevista para este ano passou de 6,02% para retração de 6,23%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial foi de 1,11% para 1,21%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 6,00% para 2016 e alta de 1,11% para 2017. No início de novembro, o IBGE informou que a produção industrial subiu 0,5% em setembro ante agosto, mas recuou 4,8% em relação ao mesmo mês de 2015.
Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano passou de 44,90% para 45,40% no Focus. Há um mês, estava em 45,00%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram de 49,90% para 50,79%, ante projeção apontada um mês atrás de 49,80%.
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