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Tecnologia

- Publicada em 24 de Novembro de 2016 às 18:44

GS1 lança índice de atividade para industria

Marina (2ª à esquerda) lembrou que o BC já utiliza alguns medidores antecedentes para monitorar atividade

Marina (2ª à esquerda) lembrou que o BC já utiliza alguns medidores antecedentes para monitorar atividade


GS1/DIVULGAÇÃO/JC
Com a finalidade de medir a intenção de lançamentos de novos produtos no País, a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) lançou um novo indicador da atividade industrial. A empresa responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços irá se valer de sua base de dados de mais de 58 mil associados para a mensuração. Com série histórica longa é possível entender que o ano de maior inovação foi 2004, com 42,4% de intenções de inovação, enquanto 2016 teve queda de quase 6 pontos percentuais em relação a 2015, com 10,1% e -4,3% respectivamente.
Com a finalidade de medir a intenção de lançamentos de novos produtos no País, a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) lançou um novo indicador da atividade industrial. A empresa responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços irá se valer de sua base de dados de mais de 58 mil associados para a mensuração. Com série histórica longa é possível entender que o ano de maior inovação foi 2004, com 42,4% de intenções de inovação, enquanto 2016 teve queda de quase 6 pontos percentuais em relação a 2015, com 10,1% e -4,3% respectivamente.
O cálculo do indicador foi desenvolvido em parceria com a 4E Consultoria. O resultado será divulgado no primeiro dia útil subsequente ao fechamento do mês avaliado. Deste modo, o Índice GS1 de atividade industrial é o primeiro indicador que antecede a produção. O sócio da 4E, Bruno Rezende, afirma que este é um diferencial. "Dados do IBGE saem com dois meses de defasagem e outros índices demoram ainda mais tempo", comenta.
Na série histórica do índice, que tem início em 2002, em comparação com a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM), desenvolvida pelo IBGE, por duas vezes existem disparidades numéricas. "Nestes períodos houve incentivos do governo ligados ao setor automotivo", esclarece Rezende, que ratifica que a intenção da associação não é medir atividade econômica.
"A correlação de produção acaba sendo divulgada quando a coisa já aconteceu há bastante tempo", afirma a gerente de P&D da GS1, Marina Pereira. A relação do novo índice com a economia do País não é direta, posto que existe a possibilidade daquele código de barras solicitado não virar atividade econômica ou produzir baixo impacto na economia.
Sendo assim, o índice terá a capacidade limitada à indústria, descartando a relação com o varejo. No site da associação serão disponibilizados mensalmente dois tipos de índice. O original, que leva em consideração o número de pedidos feitos ao longo do mês baseado no número de requisições de códigos de barra, e o dessazonalizado. Este último desconsidera as altas em meses específicos, como o de datas festivas significativas, no efeito final dos dados.
Rezende e Marina são categóricos ao assegurar que governo e empresariado poderão fazer proveito do indicador. "O Banco Central já utiliza alguns medidores antecedentes para medir a temperatura da atividade econômica e tomar informações sobre taxas de juros possíveis", explica Marina.
Há a intenção de ampliar os indicadores através da base de dados de mais de 30 anos acumulada pela associação. "A ideia e que possamos trabalhar com índices setoriais e regionais para fazer comparações que podem ser bastante interessantes", explica Marina. Uma das possibilidades é abordar o escoamento de códigos que não tiveram aplicação no mercado, ou representam pouca mudança econômica através do varejo.
Marina explica que são necessárias outras pesquisas para consolidar novos índices. "Para chegar no comércio e serviço precisamos entender anteriormente como podemos chegar a esta ponta sem perder informação", conclui.

Consumidor brasileiro quer padronização de lojas físicas e e-commerces, aponta estudo

O comportamento do consumidor vem alterando-se graças à necessidade criada por informações sobre produtos. Desta adaptação do usuário surge a urgência de modificação do varejo, que também sente necessidade de maior contato com seus consumidores, segundo pesquisa divulgada em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira pela Associação Brasileira de Automação GS1 Brasil e H2R Pesquisas.
O estudo intitulado Ecossistema Omnichannel: a visão de consumidores e empresas no Brasil concluiu que as múltiplas formas de comunicação entre marca e usuário precisam identificar os itens comerciais de maneira padronizada. Neste sentido atua o número global do item comercial (GTIN), que serve como identidade ou passaporte de cada produto e deve ser o mesmo em todos os pontos de venda das marcas.
A gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da GS1, Marina Pereira, explica que, para quase 80% dos consumidores entrevistados no estudo, a referência do produto buscado precisa ser a mesma em qualquer ponto de contato estabelecido pela empresa. Para a diretora comercial da H2R, Alessandra Frisso, houve uma mudança de paradigma com a simultaneidade do mundo virtual e real. "As empresas têm que se adaptar à realidade do consumidor que chega na loja dizendo que no seu site está mais barato", propõe Alessandra. Marina completa ao afirmar que a intenção do consumidor é buscar uma experiência única, em qualquer um dos ambientes.
Em casos de compras com entrega, a rastreabilidade do produto adquirido é apontada como necessária para 68% dos que responderam à pesquisa. Marina explica que o princípio da rastreabilidade diz respeito ao caminho percorrido pelo produto, e não somente o seu prazo de entrega. Para criar a interação entre o mundo real e virtual é necessário que as empresas estejam presentes nos mais diversos canais possíveis, com informações padronizadas e bom relacionamento com clientes.
A pesquisa foi realizada com 20 entrevistas em profundidade com líderes e empresários, além de 418 consumidores de diferentes faixas etárias. Este grupo apontou que, em uma escala de um a 10, as empresas brasileiras ficam no nível três de omnichannel, com iniciativas isoladas estando no grau sete. Alessandra acredita que a passagem do varejo brasileiro para todos os canais de comunicação com o cliente é uma "longa caminhada".
"Há 20 anos atrás tínhamos sistemas que conversavam com o RAP, com o PDV e com o SAC. Logo surge um outro ambiente, que é o site. Paralelamente surgiu um outro universo, não mapeado pelas empresas, que são as redes sociais", explica Alessandra. Para ela, tudo se trata de uma adaptação à cultura e às novas tecnologias.
As iniciativas isoladas de omnichannel foram lembradas durante a coletiva. Como a marca de calçados Bibi, que dispõe de uma atenção especial no que diz respeito ao crescimento de seus consumidores. Em seus canais é possível projetar o tamanho de sapato que será utilizado pelo usuário em determinado prazo.
A pesquisa também revelou que a maioria dos consumidores brasileiros não está preparada para a política de entrega "just in time", na qual o produto é entregue em poucas horas após a compra online, como acontece nos grandes centros urbanos fora do País.
Na noite após a coletiva que divulgou o estudo, houve a solenidade de entrega do XIX Prêmio de Automação a empreendedores, empresas e entidades de setores diversos da economia.