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conjuntura internacional

- Publicada em 16 de Novembro de 2016 às 18:24

América Latina precisa melhorar capital humano para crescer

População adulta na região tem entre sete e oito anos de estudos

População adulta na região tem entre sete e oito anos de estudos


EDUARDO SEIDL/ARQUIVO/JC
Para aumentar a produtividade e fazer a economia crescer, a América Latina precisa melhorar e aumentar o seu capital humano. A conclusão é do Relatório de Economia e Desenvolvimento 2016, divulgado hoje (16) pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (Caf). Segundo o documento, a região ainda mostra atraso na formação de seus habitantes em relação a outros países.
Para aumentar a produtividade e fazer a economia crescer, a América Latina precisa melhorar e aumentar o seu capital humano. A conclusão é do Relatório de Economia e Desenvolvimento 2016, divulgado hoje (16) pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (Caf). Segundo o documento, a região ainda mostra atraso na formação de seus habitantes em relação a outros países.
Um exemplo é que a população adulta latino-americana tem em média entre sete e oito anos de estudo ante 11 anos nos países mais ricos. Além disso, apenas um em cada três alunos latino-americanos atingiram níveis mínimos em matemática no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), enquanto essa fração é de quatro em cada cinco em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Outro dado é que 20 milhões de jovens da região - 20% do total - não estudam nem trabalham e quase metade dos trabalhadores atuam no setor informal, que oferece empregos de baixa qualidade e concentra empreendimentos que agregam pouco à produtividade e ao crescimento econômico.
O relatório diz que as qualificações que formam o capital humano não se restringem às adquiridas na escola somente e destaca três tipos de habilidades: cognitivas, socioemocionais e desenvolvimento físico. De acordo com o CAF, a primeira infância e a juventude são os dois momentos da vida mais propícios para desenvolver as qualificações
Segundo o documento, a influência da família é crucial desde a etapa pré-natal até a transição para a vida adulta, enquanto a escola começa a contribuir na infância e continua até a juventude. O mercado de trabalho e o ambiente físico e social também afetam a formação.
Com relação ao desenvolvimento físico, o relatório destaca que a América Latina fez progressos importantes nos últimos 50 anos, como em expectativa de vida e mortalidade infantil que "já alcançaram os níveis dos países de renda mais alta". No entanto, para o CAF, ainda há itens que requerem melhoria, como a desnutrição crônica de populações vulneráveis, que afeta uma em cada 10 crianças latino-americanas.
No que se refere à habilidade socioemocional, o relatório aponta que a queda no desempenho ao longo da prova do Pisa revela uma falta de motivação, perseverança ou capacidade de concentração dos estudantes latinos, que são fatores associados ao seu desenvolvimento socioemocional.
"Em todos os países da América Latina, a queda no desempenho é muito maior que nos países de maior renda. Os estudantes latino-americanos se equivocam na primeira pergunta 25% a mais que seus pares em países de alto desempenho no Pisa, como Finlândia, Singapura e Japão e se equivocam 50% mais ao finalizar o exame", ressalta o documento.
 

UE adverte Itália, Espanha e Portugal sobre regras de gastos

A União Europeia (UE) advertiu Itália, Espanha, Portugal e outros cinco países do bloco que seus orçamentos para o próximo ano ameaçam violar as regras de gastos da UE. Em avaliações publicadas como parte do novo sistema de monitoramento do orçamento na zona do euro, a Comissão Europeia, braço executivo da UE, afirmou que os planos de gastos para 2017 de Itália, Espanha, Portugal, Bélgica, Chipre, Lituânia, Eslovênia e Finlândia podem violar as regras de gastos do bloco e pediu a esses países que garantam o cumprimento das normas.
A Comissão Europeia afirmou que os planos orçamentários da França para 2017 estavam "em geral de acordo" com as regras da UE. A comissão advertiu, porém, que há uma "diferença significativa no esforço fiscal" em comparação com o nível recomendado. Com isso, o país poderia exceder os limites de déficit do bloco, caso Paris não altere suas políticas.
A UE introduziu regras fiscais mais rígidas para as nações da zona do euro em 2013, como resposta à crise da dívida soberana, que colocou em dúvida o futuro desse projeto. O principal objetivo das regras é manter a dívida pública sob controle.
Autoridades em Bruxelas devem revisar os orçamentos da zona do euro antes da adoção deles pelos parlamentos nacionais. Caso identifiquem problemas importantes, as autoridades europeias podem emitir recomendações formais que podem levar a multas caso os governos se recusem a segui-las. Pelas regras da UE, os governos do bloco devem levar seus déficits para abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a dívida não deve superar 60% do PIB. Mas as regras permitem que alguns itens do orçamento sejam excluídos da conta, como o custo de medidas extraordinárias.