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Mercado de Capitais

- Publicada em 09 de Novembro de 2016 às 19:21

Bovespa cai e dólar sobe após vitória de Trump

Passada a surpresa inicial com a vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton na eleição presidencial dos Estados Unidos, as bolsas norte-americanas encontraram espaço para operar em alta significativa, nesta quarta-feira, o que evitou um movimento mais brusco de correção na bolsa brasileira. A Bovespa chegou a cair 3,68% pela manhã, ensaiou uma alta à tarde e terminou o dia com baixa de 1,40%, aos 63.258.
Passada a surpresa inicial com a vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton na eleição presidencial dos Estados Unidos, as bolsas norte-americanas encontraram espaço para operar em alta significativa, nesta quarta-feira, o que evitou um movimento mais brusco de correção na bolsa brasileira. A Bovespa chegou a cair 3,68% pela manhã, ensaiou uma alta à tarde e terminou o dia com baixa de 1,40%, aos 63.258.
A chave para o desempenho menos tenso nos mercados foi dada pelo próprio Trump, que em discurso de vitória acenou aos americanos com um tom conciliador, pregando "união" e com a promessa de governar para todos os americanos. Até o início da apuração de votos, a previsão era de que as bolsas reagiriam com fortes perdas no caso de uma vitória do polêmico candidato republicano, até então considerada improvável. Esse impacto chegou a ser visto na madrugada, com as fortes quedas nas bolsas da Ásia e nos índices eletrônicos de Nova Iorque.
"O fato de a confirmação da vitória ter acontecido na madrugada foi de certa forma positivo, uma vez que deu tempo para o mercado digerir a notícia. Quando as bolsas daqui e dos Estados Unidos abriram, já havia uma percepção mais madura sobre o que representava a vitória de Trump", disse Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora. O analista afirma que o discurso mais ameno foi fundamental para a melhora de humor nas bolsas norte-americanas, onde os investidores teriam passado a considerar que o discurso do candidato havia dado lugar a um novo discurso, agora de presidente eleito. No entanto, ele alerta que as incertezas quanto ao governo Trump devem persistir ainda por algum tempo, até que o perfil do governo esteja mais claro para o investidor.
Em meio às diversas análises sobre o futuro dos Estados Unidos e da economia global sob a gestão de Donald Trump, um fator alheio à eleição americana foi bastante relevante nos mercados de ações. A alta de 4,7% do minério de ferro no mercado à vista chinês impulsionou as ações de empresas ligadas à cadeia do aço no mundo todo. No Brasil, as ações da Vale operaram em alta expressiva durante todo o dia e terminaram o pregão com ganhos de 4,30% (ON) e de 1,86% (PNA). Gerdau PN subiu 6,36% e foi a maior alta do Ibovespa, com as ordens de compra também incentivadas pelo resultado financeiro trimestral da companhia, que foi bem recebido no mercado.
Já a instabilidade dos preços do petróleo não ajudou muito as ações da Petrobras. Os papéis da estatal alternaram altas e baixas e acabaram por seguir sentidos opostos. Petrobras ON subiu 0,94%, enquanto Petrobras PN caiu 2,29%. Na coluna das quedas, as mais importantes ficaram com as ações de bancos, por sua grande participação na composição do Ibovespa. Banco do Brasil fechou em baixa de 3,54% e Bradesco PN, de 2,75%.
O dólar fechou em alta com alguma distância frente às máximas no dia, diante da perspectiva de uma transição presidencial mais tranquila que a esperada nos Estados Unidos. No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou em alta de 1,57%, aos R$ 3,2232. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,009 bilhão. No segmento futuro, a contrato para dezembro encerrou com elevação de 1,43%, aos R$ 3,2335, com giro de US$ 21,313 bilhões.
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Banrisul tem lucro líquido de R$ 494,6 milhões até setembro

Alta de despesas com provisões para perdas impactou desempenho

Alta de despesas com provisões para perdas impactou desempenho


JC/arquivo/jc
O Banrisul alcançou lucro líquido consolidado de R$ 494,6 milhões nos nove meses do ano, 18,9% abaixo do resultado recorrente apurado no mesmo período de 2015. A rentabilidade anualizada do resultado de nove meses sobre o patrimônio líquido médio alcançou 10,5%.
O desempenho nos nove meses de 2016 frente ao mesmo período de 2015 reflete a expansão da margem financeira e de receitas com serviços e tarifas bancárias; aumento de despesas administrativas, incluídas as de pessoal; maior fluxo de despesas com provisão para devedores duvidosos, afetado pela recuperação de créditos do setor corporativo anteriormente baixadas a prejuízo; e por maiores despesas com Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
No terceiro trimestre do ano, o lucro de R$ 105,0 milhões, ante R$ 359,3 milhões de igual período do ano passado, foi impactado pelo aumento de despesas com provisões para perdas com crédito, face aos atrasos e à renegociação de operações anteriormente baixadas como prejuízo, que exigiram provisões regulamentares.
No final de setembro de 2016, os ativos totais do banco apresentaram saldo de R$ R$ 67,9 bilhões, com expansão de 4% em relação a setembro de 2015. Os recursos captados e administrados registraram saldo de R$ 54,6 bilhões, com expansão de 9,6% em 12 meses, resultado motivado, especialmente, pelo incremento de R$ 4,4 bilhões em depósitos a prazo.

Ganho líquido ajustado da Gerdau no trimestre tem queda de 50,8%

O lucro líquido ajustado da Gerdau no terceiro trimestre do ano caiu 50,8% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, para R$ 95 milhões. Ante o trimestre imediatamente anterior, houve queda de 48,4%. O lucro foi ajustado retirando do cálculo itens extraordinários. Considerando os números sem esse efeito, a Gerdau reverteu prejuízo observado no mesmo intervalo do ano passado, de quase R$ 2 bilhões devido a ajustes contábeis (impairment).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no intervalo de julho a setembro somou R$ 1,2 bilhão, queda de 7% na relação anual e estável no comparativo trimestral. A margem Ebitda foi a 13,8%, ante 10,8% no terceiro trimestre de 2015 e de 11,7% no segundo trimestre deste ano.
"A melhora da margem Ebitda ajustada do terceiro trimestre em relação ao terceiro trimestre de 2015 e ao segundo trimestre deste ano, ocorreu, principalmente, em função da maior rentabilidade e do aumento da participação da operação Brasil no Ebitda consolidado, além da melhor performance da Operação Aços Especiais", destaca a Gerdau no documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro.
A receita líquida, por sua vez, alcançou R$ 8,699 bilhões, recuo de 27,1% ante o observado no mesmo intervalo do ano passado e retração de 15,1% ante o período de abril a junho.

Fras-le reporta resultado positivo de R$ 53,4 milhões em nove meses

Embora os principais indicadores da Fras-le tenham apresentado queda no desempenho do trimestre, comparados com igual período de 2015, o desempenho acumulado nos nove meses deste ano (R$ 53,4 milhões) mostra números superiores aos nove meses de 2015, com destaque para as margens. No terceiro trimestre, o lucro líquido consolidado ficou em R$ 22,6 milhões, uma evolução de 35,8% em comparação com período idêntico de 2015.
A receita líquida consolidada, além de influenciada por menores volumes de vendas, decorrentes da retração econômica no Brasil e redução da atividade no mercado externo, em algumas regiões em que a Fras-le atua, também foi comprometida pelo reconhecimento de variação cambial da parcela da dívida designada como hedge accouting, e ainda pela taxa média do dólar do terceiro trimestre de 2016 menor que no mesmo período de 2015. Também foi necessário intensificar a prática de reposicionamentos de preços. Considerando estes fatores, a receita líquida consolidada somou R$ 196,4 milhões no terceiro trimestre, apresentando declínio de 15,9% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. No acumulado dos nove meses, a receita líquida consolidada somou R$ 617,8 milhões e apresentou queda de 3,1% em comparação com igual período de 2015.
As exportações da Fras-le a partir do Brasil, apesar dos menores volumes de vendas para a região do Nafta, somaram US$ 23,1 milhões no terceiro trimestre, número que representou uma evolução de 10,9% em comparação com o terceiro trimestre de 2015.