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Mercado do Capitais

- Publicada em 07 de Novembro de 2016 às 19:39

Bovespa sobe 3,98% e dólar cai 0,77%

A Bovespa fechou em forte alta, nesta segunda-feira, apoiada na melhora do humor do investidor estrangeiro diante do restabelecimento da confiança na vitória de Hillary Clinton na eleição à presidência dos Estados Unidos. O Índice Bovespa terminou o dia em alta de 3,98%, aos 64.051 pontos. Foi a maior variação percentual diária registrada desde 10 de maio.
A Bovespa fechou em forte alta, nesta segunda-feira, apoiada na melhora do humor do investidor estrangeiro diante do restabelecimento da confiança na vitória de Hillary Clinton na eleição à presidência dos Estados Unidos. O Índice Bovespa terminou o dia em alta de 3,98%, aos 64.051 pontos. Foi a maior variação percentual diária registrada desde 10 de maio.
O pontapé para a melhora foi dado no domingo à tarde, quando o FBI descartou incriminar a candidata democrata no episódio da investigação de e-mails à época de sua gestão como secretária de Estado do país. Pesquisas indicando vantagem de Hillary sobre o republicano Donald Trump completaram esse quadro de maior apetite por risco, que beneficiou os mercados emergentes em geral.
O mesmo FBI que trouxe alívio aos mercados, nesta segunda-feira, foi quem gerou intranquilidade na semana passada, ao anunciar a reabertura das investigações contra a candidata democrata - a preferida nos mercados. A Bovespa teve queda de 4,23% no período, causada essencialmente pelas pesquisas de intenção de voto que sucederam a notícia da investigação.
Entre as ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa, somente duas terminaram o dia em baixa. Entre as altas, chamaram a atenção as blue chips ligadas a commodities, como Petrobras, que dispararam 7,63% (PN) e 6,82% (ON). As da Vale também se destacaram, com ganhos de 7,03% (ON) e de 8,24% (PNA), impulsionando outros papéis da cadeia do aço. Entre os bancos, destaque para Banco do Brasil ON, que avançou 5,39%, também acima da média do Índice Bovespa.
Com o quadro internacional dominando a cena, houve pouco espaço para repercussão de questões domésticas. Num dia de noticiário escasso, ganhou atenção e algum desconforto as notícias sobre a colaboração entre o Grupo Odebrecht e a Lava Jato, que está na reta final. Confirmada a participação de 53 executivos em delação premiada e 32 em acordo de leniência, esse será o maior acordo já fechado pela operação da Polícia Federal.
O dólar fechou em baixa com o aumento da confiança na eleição de Hillary Clinton para a presidência dos Estados Unidos. No mercado à vista, a divisa foi negociada no balcão em queda de 0,77%, aos R$ 3,2066, com mínima em R$ 3,1881 (-1,35%). De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 863,586 milhões.
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Regras do Novo Mercado devem ficar para 2018

A versão final do documento das novas regras do Novo Mercado deverá estar finalizada no início de 2018, disse, nesta segunda-feira, a diretora de Regulação de Emissores da BM&FBovespa, Flavia Mouta. Segundo ela, após a votação por parte das empresas, marcada para junho do ano que vem, as regras precisarão passar pelo aval da CVM, o que deve ocorrer ao longo do segundo semestre de 2017.
A Bolsa decidiu realizar uma segunda fase de audiência pública, que deverá ocorrer até o dia 6 de janeiro do ano que vem. Depois disso, irá para a fase de audiência restrita. A BM&FBovespa ainda não definiu quais serão as estratégias para a votação para as mudanças das regras do Novo Mercado. Para que cada regra seja alterada, é preciso que ao menos dois terços aceitem a mudança.
A nova proposta de alteração do Novo Mercado, segmento de mais elevadas exigências de governança da BM&FBovespa, que seguirá a partir desta segunda para nova fase de audiência pública, diminuiu o quórum de aprovação dos acionistas para aprovação da saída do segmento, de 50% para 40%. Flavia Mouta disse que esse foi um dos pontos que mais trouxeram divergências entre empresas e investidores, e pediu atenção por parte das companhias em relação a esse item. Ela lembrou que a saída de uma empresa dos segmentos especiais é hoje o ponto que mais machuca o Novo Mercado.