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Economia

- Publicada em 07 de Novembro de 2016 às 22:59

Cuidados masculinos turbinam setor de beleza

Bassani e Pianta foram conferir as novidades para o segmento

Bassani e Pianta foram conferir as novidades para o segmento


MARCO QUINTANA/JC
Thiago Copetti
Barba, cabelo e bigode. É esse um dos mercados que mais crescem no segmento da indústria de beleza atualmente. A constatação é facilmente percebida nas ruas, e não foi diferente na segunda edição do Sul Beleza, que se encerra hoje, na Fenac, em Novo Hamburgo. O evento retrata o movimento das ruas, dos negócios e do mercado de trabalho. E o empresário Fernando Hilal, proprietário da QOD Cosmetics, é um dos bons exemplos da expansão masculino no setor.
Barba, cabelo e bigode. É esse um dos mercados que mais crescem no segmento da indústria de beleza atualmente. A constatação é facilmente percebida nas ruas, e não foi diferente na segunda edição do Sul Beleza, que se encerra hoje, na Fenac, em Novo Hamburgo. O evento retrata o movimento das ruas, dos negócios e do mercado de trabalho. E o empresário Fernando Hilal, proprietário da QOD Cosmetics, é um dos bons exemplos da expansão masculino no setor.
Com 10 anos de mercado no segmento industrial, especialmente feminino, e exportando para cerca de 50 países, Hilal começou a vender no Brasil apenas há quatro anos. Em 2015, ele se rendeu ao mercado de barbearias, como uma experiência. Hoje, tem cinco pontos (três em Porto Alegre, um em Canoas e um em Novo Hamburgo), e se prepara para abrir mais três espaços, por meio de franquia.
"Estamos com unidades abrindo em Gramado, no Rio de Janeiro e em Campo Grande. Em janeiro de 2015, abrimos uma barbearia, mas com um local para experiência com o público masculino. Eram uma loja e quatro produtos. Hoje, estamos indo para oito lojas e 36 produtos, como shampoos para barba e pomadas finalizantes para o cabelo", conta o empresário.
Mais do que barba, na verdade, Hilal diz que barbearia se tornou um conceito. Dos negócios, 20% vêm da barba, e a maior parte, do cuidado com os cabelos masculinos. Um dos atrativos é a área de lazer, além do serviço. "Na QOD Barber Shop, há espaço para beber, conversar e cuidar do visual. Cada atendimento não leva menos do que 45 minutos", conta o empresário.
Além da indústria e do varejo, Hilal percebeu o mercado da formação profissional. Neste semestre, formará sua primeira turma na QOD Barber School. São 52 profissionais sendo treinados em salas de aula ministradas no Campus da Unilasalle, em Canoas. "É o primeiro curso de barbearia dentro de uma universidade no Brasil", comemora o empresário. Rodrigo Rodrigues, que ontem passeava na Sul Beleza em busca de novidades, é um dos barbeiros da nova onda. Até pouco tempo, era caminhoneiro. "Comecei como barbeiro há um ano e meio. Atendo de oito a 10 pessoas por dia. E, mesmo com a crise, o movimento não caiu. No máximo, os clientes deram uma espaçada entre um corte e outro", avalia Rodrigues.
Ao lado dele, Fabiane Ferreira, cabeleireira, expunha outro lado do negócio. "Há alguns anos, eu não atendia quase homens. De uns três anos para cá, eles começaram a cuidar mais dos cabelos, usar algo mais caprichado. De cada 10 clientes, eu tinha cerca de dois homens. Agora, todos foram para as barbearias", diz Fabiane.
Os números do mercado também são expressivos na Whal, indústria de máquinas para o setor de barbearia e salão de beleza. Henrique Pianta, técnico máster da fabricante norte-americana Whal no Brasil, afirma que, nos últimos anos, enquanto o segmento comum cresce cerca de 50%, o de barbearias tem atingido até 80% de incremento.
"Hoje, não são barbearias convencionais que estão sendo abertas, mas aquelas chamadas barbearias old school, com decoração clássica, com bebidas. São centros masculinos de recreação", diz Pianta. O investimento masculino com a barba e o cabelo atrai cada vez mais investidores na Capital e no interior do Estado. Gilberto Bassani, dono da barbearia Bass, de Guaporé, percorreu a feira de olho em lançamentos, mas também em busca de parceiros. "Estou expandindo o negócio e definindo agora o modelo que vou adotar para abrir novas unidades por meio de franquia", comenta Bassani.
Para o diretor-presidente da Fenac, Roque Werlang, que organiza a Sul Beleza pelo segundo ano, em parceria com Sindicato dos Barbeiros, Cabeleireiros, Institutos de Beleza e Similares, a feira deste ano acompanhou a expansão do setor. "São cerca de 50 expositores, crescimento de 25% em relação ao ano anterior. E organizamos 100 eventos, palestras e workshops em três dias, ante os 80 do ano passado", calcula.
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