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Economia

- Publicada em 03 de Novembro de 2016 às 20:08

Planalto deve encaminhar nova MP para rever INSS

 SALA DE ESPERA PARA ATENDIMENTO DA PERÍCIA MÉDICA NO POSTO DO INSS DA AVENIDA BENTO GONÇALVES.

SALA DE ESPERA PARA ATENDIMENTO DA PERÍCIA MÉDICA NO POSTO DO INSS DA AVENIDA BENTO GONÇALVES.


MARCO QUINTANA/JC
Para evitar uma interrupção na revisão de benefícios do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), o governo federal deverá enviar uma nova Medida Provisória (MP) ao Congresso Nacional para garantir a continuidade do pente-fino nos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Em julho, o governo publicou a Medida Provisória nº 739, que determinou a revisão de 530 mil auxílios-doença e 1,2 milhão de aposentadorias por invalidez. O texto prevê o pagamento de um valor extra, por perícia realizada, aos médicos peritos do INSS.
Para evitar uma interrupção na revisão de benefícios do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), o governo federal deverá enviar uma nova Medida Provisória (MP) ao Congresso Nacional para garantir a continuidade do pente-fino nos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Em julho, o governo publicou a Medida Provisória nº 739, que determinou a revisão de 530 mil auxílios-doença e 1,2 milhão de aposentadorias por invalidez. O texto prevê o pagamento de um valor extra, por perícia realizada, aos médicos peritos do INSS.
O pente-fino começou em setembro e o objetivo é economizar cerca de R$ 6 bilhões ao ano. Por ser uma medida provisória, a iniciativa entrou em vigor, mas não chegou a ser votada nem pela Câmara dos Deputados nem pelo Senado Federal. Por isso, ela perde a validade nesta sexta-feira.
Na prática, o INSS pode continuar a revisar benefícios, mas, sem a aprovação da MP, o órgão não pode pagar valores adicionais para os médicos peritos que realizarem perícias extras, o que dificulta o fluxo das revisões. A área técnica da Casa Civil chegou a considerar o envio de um projeto de lei, mas, com receio de que a demora de sua aprovação afetasse a revisão, decidiu enviar uma nova medida provisória, que deve ser publicada até a próxima segunda-feira.
No mesmo ano legislativo, o governo não pode enviar duas medidas provisórias com a mesma proposta. Por isso, o Palácio do Planalto deve fazer uma MP sobre outro tema e incluir no texto os termos da revisão dos benefícios por invalidez.
Apesar de defender a necessidade de os benefícios serem revisados, como está previsto em lei, a Defensoria Pública da União (DPU) critica a medida provisória do governo e diz que a revisão está sendo feita de forma atropelada. O defensor público-geral federal, Carlos Paz, destacou que o programa que revisa os benefícios "não nasceu descontextualizado de um cenário de uma meta econômica".
"No momento em que o governo diz que precisa, no total, economizar R$ 6 bilhões com a revisão de benefício, não dá para ser muito crível que tudo isso venha de fraude, de irregularidade de concessão. Então supõe-se que isso possa gerar uma rigidez ainda maior na avaliação dos benefícios por incapacidade", afirmou.
A DPU argumenta que os procedimentos de revisão não estão claros no documento. O órgão defende, por exemplo, que sejam fixados prazos "razoáveis" para os beneficiários fazerem nova perícia, de forma que consigam reunir documentos e laudos médicos para comprovar a situação. Para os defensores públicos, é necessário, ainda, que a agenda de revisão dos benefícios não atrapalhe o andamento dos outros processos, como o de pessoas que solicitam outros benefícios.
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