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Mobilidade

- Publicada em 07 de Novembro de 2016 às 21:37

Apps de carro lançam serviços e ofertas para ganhar mercado

Concorrentes do Uber no serviço de contratação de motoristas por aplicativo, Easy, 99 e Cabify vêm reduzindo preços e desenvolvendo promoções e novos serviços para ganhar uma fatia maior do mercado. Fernando Matias, diretor da Easy para o Brasil, diz que o preço das corridas tem se tornado fundamental para atrair novos passageiros.
Concorrentes do Uber no serviço de contratação de motoristas por aplicativo, Easy, 99 e Cabify vêm reduzindo preços e desenvolvendo promoções e novos serviços para ganhar uma fatia maior do mercado. Fernando Matias, diretor da Easy para o Brasil, diz que o preço das corridas tem se tornado fundamental para atrair novos passageiros.
Há duas semanas, a empresa reduziu as tarifas na modalidade Easy Go em cerca de 10% para igualá-las às cobradas pelo Uber. Além dessa redução, Easy e 99 já ofereciam (desde julho, no caso da primeira) a possibilidade de contratar táxis com preço 30% menor (o desconto é oferecido pelos motoristas que aceitam chamadas nessas condições).
Uber e Cabify também costumam realizar promoções constantes. A primeira ofereceu benefícios como corridas na modalidade Pool (carro compartilhado) a R$ 6,00 em São Paulo nos meses de agosto e setembro e distribuiu cupons de desconto para alguns usuários no mês passado, em comemoração do outubro rosa (a companhia não informa a abrangência da promoção).
O Easy também testa mais de 30 modelos de assinaturas e programas de descontos com grupos de poucos passageiros, segundo Matias. A reportagem teve acesso a um e-mail oferecendo teste de programa em que, por assinatura mensal de R$ 500,00, o cliente tem direito a até três corridas gratuitas diárias com valor de até R$ 50,00 cada uma. O plano ficaria disponível para os 50 primeiros inscritos.
Matias afirma que os testes servem para avaliar a aceitação dos passageiros aos modelos e a viabilidade financeira deles. "Não sabemos se vão se tornar um serviço nosso." Outra aposta do segmento está no oferecimento de novos tipos de serviços. Em outubro, a 99 lançou a opção de chamar exclusivamente motoristas mulheres, para transportar apenas outras mulheres ou crianças.
Ricardo Kauffman, gerente de relações públicas da 99, diz que a opção foi incluída após entrevistas com mulheres que mostraram interesse na ideia. "Mesmo que o motorista seja educado, a mulher, às vezes, não consegue relaxar, se sentir à vontade para tirar um cochilo", diz. Atualmente, são 500 as motoristas cadastradas na opção, disponível em São Paulo.
Outra novidade que a companhia pensa em implantar até o final deste ano é o transporte via triciclos, conhecidos também como tuk-tuks. Kauffman afirma que a modalidade de veículo deve começar a operar em cidades do Norte e do Nordeste, em que esse tipo de veículo é popular, para transporte dentro de bairros.
A empresa calcula que as corridas de tuk-tuks devam custar metade do preço do 99Pop (de motoristas particulares). À reportagem os administradores do Uber destacaram a eficiência como principal diferencial de seu serviço para manter sua liderança no mercado. A empresa afirma que sua base de 4 milhões de clientes e mais de 50 mil motoristas no País garante a obtenção de um carro em até cinco minutos em muitas das 28 cidades em que ela tem atuação.

'Uber do governo' começa a funcionar em janeiro de 2017

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão informou, na semana passada, que a empresa Shalom Ltda. venceu a licitação para prestar o serviço de transporte de servidores públicos em atividades administrativas. O sistema começará a funcionar, em caráter piloto, em janeiro de 2017.
A ideia é que o novo modelo de transporte de servidores em serviço seja uma espécie de "Uber do governo", com disponibilização de um aplicativo adaptado às necessidades do serviço público. Inicialmente, participarão apenas cinco ministérios: Planejamento; Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; da Saúde; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e Transparência, Fiscalização e Controle.
Até o início de 2018, o governo espera que todos os ministérios migrem para o sistema. Atualmente, segundo o Planejamento, o serviço de transporte é descentralizado: cada ministério tem uma central de atendimento na qual o servidor solicita o carro.
No novo modelo, o Ministério do Planejamento ficará responsável por gerir um único contrato, que atenderá a vários ministérios. O transporte será realizado com frota da empresa vencedora da licitação. Os veículos do governo que faziam este transporte, cerca de 130, serão realocados para atender a outras necessidades da administração pública federal.
No novo sistema, o governo pagará os deslocamentos dos servidores por quilômetro percorrido e tempo de utilização. Com as mudanças, além da redução do gasto, o governo espera ter mais controle sobre o transporte dos servidores, com informações precisas sobre o trajeto, por exemplo. Os funcionários dos ministérios também poderão avaliar a qualidade do serviço de transporte.
O Ministério do Planejamento informou que a licitação do novo modelo de transporte para os servidores federais resultou em custo anual estimado em R$ 12,7 milhões. De acordo com o Planejamento, atualmente o valor estimado do gasto com transporte de uso administrativo é de R$ 32 milhões por ano, com locação de veículos, contratação de motoristas terceirizados e manutenção da frota.
"Ou seja, com o novo modelo, será possível economizar até R$ 20 milhões ao ano", comentou a pasta, por meio de nota. A operadora de rádio-táxi Shalom foi a vencedora da licitação. Quatro empresas de táxi participaram do processo, que exigia um sistema de gerenciamento do uso do serviço e um aplicativo para solicitação das corridas pelos servidores.