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JC Logística

- Publicada em 06 de Novembro de 2016 às 22:17

Governo estuda retirar a Infraero do Galeão

Cálculos indicam que prejuízo da Infraero com o aeroporto carioca já teria alcançado a cifra de R$ 1 bilhão

Cálculos indicam que prejuízo da Infraero com o aeroporto carioca já teria alcançado a cifra de R$ 1 bilhão


TÂNIA REGO/ABR/JC
O desembarque da Infraero das concessões de aeroportos pode começar este ano pelo Galeão, no Rio de Janeiro. O governo pretende discutir, nesta semana, se recolhe ou não a taxa de outorga desse aeroporto no fim do ano. Se não o fizer, sua parte no negócio terá de ser recolhida pelos sócios - a Odebrecht e o grupo Changi, de Cingapura - e a participação da estatal será diluída.
O desembarque da Infraero das concessões de aeroportos pode começar este ano pelo Galeão, no Rio de Janeiro. O governo pretende discutir, nesta semana, se recolhe ou não a taxa de outorga desse aeroporto no fim do ano. Se não o fizer, sua parte no negócio terá de ser recolhida pelos sócios - a Odebrecht e o grupo Changi, de Cingapura - e a participação da estatal será diluída.
A tendência é de que, neste ano, a Infraero saia apenas do Galeão. Ou nem isso. A decisão dependerá de uma avaliação política tomada a partir de estudo elaborado pela área técnica para avaliar o melhor momento de sair do aeroporto e de que forma.
Isso porque o governo já enterrou perto de R$ 1 bilhão naquele aeroporto, entre taxa de outorga e programa de demissão voluntária dos funcionários da Infraero. Há na equipe do presidente Michel Temer quem tenha dúvidas se é o caso de absorver esse prejuízo. Por outro lado, continuar no empreendimento custará caro - perto de R$ 450 milhões a serem desembolsados no fim deste ano.
Em outubro, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, afirmou que o governo já havia decidido retirar a Infraero dos aeroportos dos quais é sócia. Mas que seria feita uma avaliação sobre o melhor momento. A estatal é sócia ainda de Confins, Guarulhos, Viracopos e Brasília.
O aeroporto do Rio ded Janeiro concentra as atenções porque é o segundo mais caro da carteira. Só perde para o de Guarulhos. Mas, diferentemente do aeroporto paulista, o Galeão não conseguiu o empréstimo de longo prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) e enfrenta dificuldades para prosseguir com investimentos, recolher taxas e quitar dívidas com o banco.
No momento, o negócio não se mostra atraente. A receita bruta do aeroporto está próxima de R$ 900 milhões no ano, valor que o consórcio tem de pagar só em taxa de outorga. A questão é se, com a recuperação da economia, o volume de passageiros compensará os investimentos e a taxa elevada. Pelos comentários da área técnica, essa é uma equação difícil de fechar.
O consórcio Rio Galeão arrematou a concessão do oferecendo taxa de outorga de R$ 19 bilhões, ante R$ 5 bilhões calculados pelo governo como lance mínimo. Nos bastidores, não falta quem considere o negócio insustentável.Declarações nesse sentido de integrantes do governo causaram mal estar com a Changi e o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, chegou a se desculpar com o presidente do grupo, Lim Liang Song.
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