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JC Logística

- Publicada em 03 de Novembro de 2016 às 21:16

Investir em infraestrutura no Brasil tem risco acima da média

Quase 80% dos empresários avaliam que investir em projetos de infraestrutura no Brasil tem risco elevado e acima da média mundial. Além de questões ambientais e de desapropriação, o aumento da judicialização no setor tem sido um grande entrave para 67% dos empreendedores, que pedem o aperfeiçoamento da regulamentação atual, revela uma pesquisa feita pela Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) e Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Quase 80% dos empresários avaliam que investir em projetos de infraestrutura no Brasil tem risco elevado e acima da média mundial. Além de questões ambientais e de desapropriação, o aumento da judicialização no setor tem sido um grande entrave para 67% dos empreendedores, que pedem o aperfeiçoamento da regulamentação atual, revela uma pesquisa feita pela Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) e Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
De acordo com a sondagem, 69% dos empresários veem o ambiente de negócios em infraestrutura como ruim ou péssimo. "Era um resultado esperado uma vez que um dos elementos essenciais em infraestrutura é ter um ambiente econômico e político estável", diz a presidente executiva da Amcham, Deborah Vieitas.
Segundo ela, na lista de preocupação dos empresários, o funcionamento das agências reguladoras está entre os assuntos que merecem ter as discussões ampliadas. Há anos o setor reivindica maior independência financeira e administrativa dos órgãos reguladores para dar mais segurança nas decisões de investimentos. Nos últimos anos, algumas agências sofreram um grande esvaziamento e perderam poder de decisão e de fiscalização.
Outros entraves que atormentam o dia a dia dos empreendedores são os processos ambientais, que ajudam a atrasar o cronograma de obras Brasil afora e elevam os custos de investimentos. "O ideal é colocar concessões no mercado já com a licença ambiental concedida", afirma a executiva da Amcham. Na opinião dela, é difícil desenhar um plano de negócios se a parte ambiental vai ter reflexos negativos no futuro.
Pelo resultado da pesquisa, feita com 250 empresários, 42% ainda não conseguem enxergar melhorias na coordenação dos assuntos relacionados ao setor no novo governo do presidente Michel Temer (PMDB). Além disso, 83% deles avaliam como insatisfatória a articulação entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em prol dos investimentos estruturadores.
"O governo precisa ter um planejamento de médio e longo prazos de projetos estruturantes para os próximos anos", avalia Vieitas. Só desta forma o País conseguirá escapar da armadilha que é a péssima qualidade - ou falta - de projetos executivos. Esse também tem sido um dos motivos para o encarecimento dos empreendimentos do setor e para os atrasos sistemáticos.
Na opinião do presidente das Abdib, Venilton Tadini, o momento é de transição e isso deixa a percepção de um quadro não tão seguro para investir no setor. Mas ele acredita que aos poucos esse sentimento negativo do investidor vá desaparecer com a aprovação de medidas importantes para o País e da redução das taxas de juros.
"Hoje o juro real (descontada a inflação) do País é muito elevado (4,86%). Na medida em que as taxa começarem a cair, haverá mais segurança para investir", diz Tadini, destacando que para 92% dos empresários o atual patamar dos juros é um grande entrave para atração de recursos no setor.
O vaivém do câmbio também é um ponto que atrapalha os investimentos, diz Tadini. De acordo com a pesquisa, 82% dos empresários consideram a adoção de medidas para conter riscos cambiais como um fator decisivo para o sucesso do plano de concessão prometido pelo governo federal.
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