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Opinião

- Publicada em 31 de Outubro de 2016 às 17:36

Partidos têm que entender o afastamento dos eleitores

As análises políticas indicam que o PSDB saiu maior das eleições em todo o País, secundado pelo PMDB. Em contrapartida, o Partido dos Trabalhadores (PT) saiu menor do pleito municipal recém-findo. Simultaneamente, a soma das abstenções, votos nulos e brancos em Porto Alegre foi maior do que a votação do vencedor Nelson Marchezan Júnior (PP). Igualmente, isso ocorreu no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Foram 7 milhões que não votaram, 21,5% do eleitorado apto a votar no País no segundo turno.
As análises políticas indicam que o PSDB saiu maior das eleições em todo o País, secundado pelo PMDB. Em contrapartida, o Partido dos Trabalhadores (PT) saiu menor do pleito municipal recém-findo. Simultaneamente, a soma das abstenções, votos nulos e brancos em Porto Alegre foi maior do que a votação do vencedor Nelson Marchezan Júnior (PP). Igualmente, isso ocorreu no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Foram 7 milhões que não votaram, 21,5% do eleitorado apto a votar no País no segundo turno.
O desencanto com a política nacional voltou a se manifestar no domingo, como ocorrera no primeiro turno. Para analistas políticos, as vitórias de Marcelo Crivella (PRB), no Rio de Janeiro; de Alexandre Kalil (PHS), em Belo Horizonte; e de Rafael Greca (PMN), em Curitiba, demonstraram uma dispersão do poder de pequenos partidos no Brasil.
São 13 partidos à frente das capitais. É muito, levando-se em conta que, até 2014, havia três partidos mais fortes: o PT, o PSDB e o PMDB. Foi uma fragmentação do sistema partidário em razão do declínio do PT. Mas a generalização é injusta, pois temos muitos parlamentares e prefeitos que fizeram um bom trabalho e não podem ser colocados na vala comum, debaixo da frase amarga que se ouve, a de que "todos políticos são corruptos".
O que restou é que os políticos que fizeram a transição de 1985 em diante, com a redemocratização, estão deixando de liderar. Novos nomes para resolver velhos problemas, em muitos municípios. Não que se tenha que mudar tudo a cada eleição, mas deve-se sempre fazer mais e melhor. As eleições municipais de 2016 marcaram muito pela organização, a segurança, o trabalho da Justiça Eleitoral em nível regional e nacional.
E as propostas que mais tocaram os eleitores foram aquelas às vezes triviais, porque o que acontece na nossa cidade e seus problemas é o que interessa. Não se pode ignorar que há uma crise econômico-financeira no País que vem desde o final de 2014, passou pelo ano passado e se agudizou neste 2016, com fortes reflexos nas finanças da União, do Rio Grande do Sul e que chegou a muitas prefeituras.
Os prefeitos eleitos entenderam que o que importa são as ações positivas visando ao bem comum. Fazer o que é preciso e logo. Incluir mais pessoas com educação, moradia, família e emprego, por certo, nos permitirá construir cidades mais justas e onde a desigualdade vá desaparecendo. Surgiram novos personagens entre algumas forças desgastadas da política nacional, mesmo que a elas sejam dados louvores pelo esforço feito. Enfim, prefeitos e vereadores, não esqueçam que as esperanças dos eleitores, quando se frustram, agravarão ainda mais os infortúnios dos que os elegeram. Porto Alegre fez a sua opção, dezenas de cidades igualmente.
Agora, após a transição, com os planos atuais e os compromissos em andamento, abram o caminho para novas atitudes e realizações, conforme prometido e esperado. A cidade é muito maior do que uma disputa política, por mais democrática que seja.
É tempo de uma pausa para que a nova administração receba os dados da cidade e implante sua maneira de governar. Em nível nacional, que o Congresso decida sobre o novo modelo de campanha implantado, mais simples, objetivo e, principalmente, bem mais econômico do que se viu até 2014. O fundo partidário foi usado de maneira parcimoniosa, e foi ele, mais as doações de pessoas físicas, que sustentou os candidatos a vereador e a prefeito.
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