Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Estados Unidos

- Publicada em 09 de Outubro de 2016 às 23:27

Debate é marcado por sexismo

Na chegada ao evento, na Universidade Washington, oponentes não se cumprimentaram

Na chegada ao evento, na Universidade Washington, oponentes não se cumprimentaram


CHIP SOMODEVILLA/GETTY IMAGES/AFP/JC
O segundo debate presidencial nos Estados Unidos, na Universidade Washington, em Saint Louis, no Missouri, foi marcado pela polêmica divulgação de vídeo sexista do candidato republicano, Donald Trump, na sexta-feira. O vídeo de 2005 divulgado pelo jornal norte-americano Washington Post e pela rede de TV NBC, mostra Trump dizendo que é possível "fazer qualquer coisa" com mulheres, inclusive "pegá-las pela xoxota". Na ocasião, Trump estava conversando com o apresentador Billy Bush, do programa de TV Access Hollywood.
O segundo debate presidencial nos Estados Unidos, na Universidade Washington, em Saint Louis, no Missouri, foi marcado pela polêmica divulgação de vídeo sexista do candidato republicano, Donald Trump, na sexta-feira. O vídeo de 2005 divulgado pelo jornal norte-americano Washington Post e pela rede de TV NBC, mostra Trump dizendo que é possível "fazer qualquer coisa" com mulheres, inclusive "pegá-las pela xoxota". Na ocasião, Trump estava conversando com o apresentador Billy Bush, do programa de TV Access Hollywood.
Na entrada do palco, Trump e a democrata Hillary Clinton se cumprimentaram, mas não apertaram as mãos. No primeiro bloco veio à tona a questão sexual. Uma eleitora questionou Trump sobre o assunto. Ele respondeu dizendo que não se orgulha do que falou, mas que "era conversa privada", "entre quatro paredes", e que "tem grande respeito pelas mulheres". Também disse que "as ações de Bill Clinton (marido de Hillary) são maiores que suas palavras, acusando-o de abusar de mulheres".
Hillary, em seguida, afirmou que seu adversário, pela conduta que apresenta, não é apropriado ao cargo de presidente. O vídeo, de acordo com ela, representa exatamente quem é Trump, candidato que rebaixou as mulheres durante a campanha. "Ele também atacou imigrantes, afro-americanos, latinos, pessoas com deficiência, muçulmanos e tantos outros", disse.
Outros assuntos que pautaram as discussões foram os e-mails de Hillary, saúde, islamofobia e impostos. Trump voltou a mencionar que Hillary usou o e-mail de trabalho em um servidor privado. Hillary disse que foi um erro, pediu desculpa, e afirmou que não há evidências de que o servidor tenha sido hackeado nem que qualquer material secreto tenha caído em outras mãos.
Quando questionada sobre o sistema de saúde dos Estados Unidos, Hillary afirmou que melhorará o programa Obamacare, criado pelo atual presidente dos EUA, Barack Obama. Afirmou que, se tudo for descartado, todos os benefícios serão suspensos e que a população voltará a ficar nas mãos das seguradoras. "Obamacare nunca vai funcionar, porque é caríssimo inclusive para o país. É um desastre completo", rebateu Trump.
Em relação aos residentes islâmicos, Trump disse que tanto Obama quanto Hillary não vêm problema na crescente onda de ataques internos. Ele citou os ataques de San Bernardino e Orlando, do 11 de setembro e de Paris para reforçar que existe um problema desprezado, o terrorismo provocado por muçulmanos. Para ela, os seguidores do islamismo devem se sentir parte dos EUA.
No final, se cumprimentaram, mas antes disso, questionados por um eleitor se conseguiriam citar algum fator positivo do oponente, ambos fizeram elogios. Hillary elogiou os filhos do republicano, mas afirmou não concordar com nada que Trump fala ou diz. Já Trump elogiou a persistência da candidata e afirmou a admirar por não desistir nunca.

Trump faz entrevista com mulheres que acusam Bill Clinton de assédio

A menos de uma hora para o início do segundo debate presidencial, Trump fez uma entrevista coletiva surpresa com três mulheres que acusam o ex-presidente Bill Clinton de assédio sexual e uma que afirma que Hillary Clinton, sua concorrente na disputa, defendeu um homem que a agrediu.
As mulheres eram Paula Jones, que acusou Clinton de expor suas partes íntimas para ela, Juanita Broaddrick, que o acusa de estupro, Kathleen Willey, que diz que o democrata a agarrou, e Kathy Shelton, que aos 12 anos foi estuprada por um homem por quem Hillary advogou.
A posição de ataque veio apenas dois dias após a divulgação das gravações sexistas, um claro revide a Hillary.
Poucas horas após a divulgação, na sexta-feira, postou no Facebook um vídeo com um pedido de desculpas, assumindo que disse "coisas idiotas", mas não foi suficiente para perder apoio político.
Parte dos senadores republicanos - entre eles John McCain, do Arizona -, que lutam para manter a maioria da Câmara nas eleições de novembro, optou por retirar o apoio a Trump, temendo prejuízos em razão dos comentários vulgares do político sobre as mulheres.