Fabiana � propriet�ria da Le Carroussel e ajudou a promover o Festival do Cordeiro Fabiana � propriet�ria da Le Carroussel Foto: Especial/JC

Empres�rios querem movimentar a fronteira

A ocasi�o contou at� com concurso de melhor assador para atrair turistas

Ocorreu, no dia 22 de outubro, o I Festival Internacional del Cordero, na divisa entre Rivera, no Uruguai, e Santana do Livramento, no Brasil. O evento faz parte de uma série de ações promovidas pelos comerciantes da região para atrair turistas que suspenderam suas idas a ambas cidades por conta da alta do dólar. Fabiana Aguinsky, dona do free shop Le Carroussel, herdado de seu pai, foi uma das organizadoras e, nesta entrevista, fala sobre seu negócio e sobre a atração - que teve até concurso de melhor assador.
GeraçãoE - Como avalia os resultados do festival?
Fabiana Aguinsky - Nossa ONG, a Turintegra, fez essa organização há oito meses, quando caíram as vendas na fronteira. A gente fez todo um projeto de organização, com empresários da parte privada - deixamos um pouco de lado o setor público porque vimos que não íamos ter apoio. E deu no que deu, essa festa maravilhosa, uma iniciativa 100% privada. Os que vieram para o festival trouxeram as famílias. São mais de 1,5 mil pessoas num fim de semana que antecedeu as eleições no Brasil. O brasileiro é o nosso público alvo, de cidades próximas, como Porto Alegre, Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul, por exemplo. Tem um monte de gente que veio conferir o concurso do melhor assador (que levou o nome de Danilo Ucha). A gente quis instigar a cultura dos países: Argentina, Brasil e Uruguai. E o Brasil é muito competitivo. Aliamos o turismo à gastronomia.
GE - Nos conte sobre a tua loja Le Carroussel e a história do empreendimento na tua família.
Fabiana - A minha loja surgiu com meu pai há 30 anos, quando ele começou a trazer os primeiros produtores de queijo parmesão do interior do Uruguai. Eles fizeram uma produção específica de queijo parmesão e não tinham onde fazer a maturação. O meu pai, aos poucos, foi colocando-os, digamos, no estante prioritário, e começou a maturá-los entre 12 e 36 meses. Se formou, assim, essa cadeia maravilhosa de produção no interior do Uruguai, em Colônia. Colônia Suíça é o nome.
GE - Como está a estrutura do negócio hoje?
Fabiana - Nós temos 20 produtores artesanais que trabalham para nossa loja. E eles nos fazem com exclusividade devido àquela baita negociação que se iniciou com meu pai, como se diz, "no fio de bigode" mesmo. O uruguaio trabalha muito com isso. Depois de 20 anos, meu pai quis se desfazer do negócio, já estava um pouco cansado. Foi quando meu esposo comprou a empresa dele e eu segui o legado.
GE - E como é para ti continuares um negócio que começou com teu pai?
Fabiana - É muito bom. Eu adoro lidar com o público. Para mim, o público é tudo, é nosso ganha-pão. Principalmente na nossa fronteira. O que está acontecendo agora é uma mudança de ideias referentes ao comércio. Acho que nós temos que colocar um pouquinho de nós para atender melhor o turista. Por esse motivo, na minha loja, o que é que eu faço? Eu alio a gastronomia que tenho para oferecer, faço degustações especializadas e chamo todo mundo que venha dos hotéis para conhecê-la. Isso tem nos salvado nesses últimos anos de crise, os quais a região passou muito mal. Mais de 70 lojas fecharam na cidade. Então, esse foi o princípio ativo que tivemos.
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