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Seguros & Previdência

- Publicada em 19 de Outubro de 2016 às 17:32

Proteção em ordem invertida

Inflação menor e emprego favorecem setor, diz Vicente

Inflação menor e emprego favorecem setor, diz Vicente


FDC/DIVULGAÇÃO/JC
Enquanto a lógica e os mercados mais maduros indicam que a proteção à vida deveria vir antes da de patrimônios como o automóvel, como fazem mais tradicionalmente americanos e europeus, no Brasil se faz primeiro o seguro de carro, depois o de casa e, por último, o de vida. Isso significa um mercado ainda a ser trabalhado e educado. "Se levarmos em conta a violência e o aumento de crimes como latrocínios e mortes no trânsito - e quantas famílias ficam desamparadas - a opção pela segurança de vida deveria ser prioridade há muito tempo", avalia o professor de Gestão Pública da Fundação Dom Cabral, Paulo Vicente.
Enquanto a lógica e os mercados mais maduros indicam que a proteção à vida deveria vir antes da de patrimônios como o automóvel, como fazem mais tradicionalmente americanos e europeus, no Brasil se faz primeiro o seguro de carro, depois o de casa e, por último, o de vida. Isso significa um mercado ainda a ser trabalhado e educado. "Se levarmos em conta a violência e o aumento de crimes como latrocínios e mortes no trânsito - e quantas famílias ficam desamparadas - a opção pela segurança de vida deveria ser prioridade há muito tempo", avalia o professor de Gestão Pública da Fundação Dom Cabral, Paulo Vicente.
Segundo ele, para o segmento de seguro de vida um ponto a favor é o pensamento normalmente precavido do gaúcho, que investe mais com vistas ao médio e longo prazo.
Entre os fatores que devem impulsionar o setor nos próximos anos está o temor da população quanto ao futuro da previdência pública no País, tanto sob o ponto de vista de manutenção e sustentabilidade quanto de regras. "Assim, o gaúcho, mais do que o restante dos brasileiros, tende a buscar mais estabilidade, previsibilidade e segurança em planos de previdência privados. Além de sobrecarregar o sistema público, a maior longevidade e o consequente envelhecimento da média da população têm impactos diretos na rotina e nas finanças da população", explica.
O professor ressalta que esses aspectos alteram a vida dos indivíduos e as estruturas familiares. "O envelhecimento populacional, conjugado com uma maior longevidade, desencadeará novos desafios nas políticas públicas de médio e longo prazo, principalmente em relação aos custos e serviços dos sistemas de saúde, previdência e assistência social", afirma Vicente. Para ele, é uma questão bastante preocupante, visto que a população brasileira contará, cada vez menos, com a participação do Estado para resolver os seus problemas.
Vicente ressalta que, no segmento da previdência, o Brasil vive um tripé de problemas e dúvidas: político (com regras ainda indefinidas), demográfico (envelhecimento da população) e de crise econômica (o que retira dinheiro da população para fazer planos privados)."No Brasil, é tudo tão incerto, que é sempre difícil estimar o que será sistema público de previdência, e até mesmo se isso realmente sairá logo. É uma questão muito política. Então, não se sabe o quanto e para onde a questão avançará", explica.
Apesar do cenário imprevisível sobre o tema, o acadêmico é mais otimista quanto a 2017, que, melhorando, respinga e aquece novamente o setor de seguros. "Acredito que os preços já subiram muito, e a inflação deve diminuir significativamente, dos atuais 6% a 8% para apenas até 2%, no ano. Outra estabilidade que deve ser retomada é o emprego, que tende a melhorar", pondera Vicente.
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