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Medicina e Saúde

- Publicada em 07 de Outubro de 2016 às 17:03

Por um pacto de cooperação pela saúde

Henri Chazan
Momentos de transição política estimulam o debate sobre a qualificação dos serviços públicos. E saúde sempre aparece no topo da lista de urgências, tanto nos programas eleitorais quanto nos ambientes de convívio social. Evidenciam-se falhas no atendimento primário, longas filas para consultas, falta de médicos e falta de leitos nos hospitais. Precisamos é firmar um pacto de cooperação para começar a mudar essa situação.
Momentos de transição política estimulam o debate sobre a qualificação dos serviços públicos. E saúde sempre aparece no topo da lista de urgências, tanto nos programas eleitorais quanto nos ambientes de convívio social. Evidenciam-se falhas no atendimento primário, longas filas para consultas, falta de médicos e falta de leitos nos hospitais. Precisamos é firmar um pacto de cooperação para começar a mudar essa situação.
Há pelo menos dois anos, os municípios vêm sofrendo muito com a falta de repasses da União e dos estados para financiar os serviços de saúde locais. Embora sejam as peças mais expostas da estrutura federativa, as gestões municipais têm de fazer malabarismos para manter as contas em dia e cumprir os convênios firmados. É o caso da manutenção das Estratégias de Saúde da Família (ESFs) e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas serviços referenciais para a população.
Tudo indica que os cortes no orçamento serão ainda mais severos no próximo ano. Ou seja, para garantir serviços de atenção básica à população, as prefeituras também terão de fazer as suas reformas, cortando gastos e direcionando investimentos em áreas prioritárias. Mas a qualificação do setor deve ser cada vez mais encarada como um desafio conjunto. Neste contexto, integração e eficiência são palavras de ordem.
O Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) tem sido parceiro das instituições públicas e privadas na construção de uma rede de atendimento mais eficiente e sustentável. Através dos comitês técnicos formados não só por médicos e gestores, mas também por especialistas de diferentes áreas, como Farmácia, Nutrição e Enfermagem, novos serviços e práticas têm sido desenvolvidos e incorporados como procedimentos padrões.
O Sindihospa está promovendo intensos debates entre lideranças da área e representantes da administração pública. Os encontros servem para atualizar indicadores, avaliar os gargalos e buscar soluções conjuntas para problemas recorrentes. Um debate que avança e deve ser ampliado é o da organização de um sistema de emergência referenciada na cidade. Este modelo prevê maior segmentação no atendimento de pacientes de acordo com o porte e as especialidades clínicas e cirúrgicas de cada instituição. Dessa forma, podemos otimizar o aproveitamento dos leitos disponíveis, com a garantia de que os melhores serviços serão oferecidos ao paciente, com mais agilidade. Um sistema integrado, cooperativo, permitirá que cada instituição invista estrategicamente nas suas linhas prioritárias, permitindo que os profissionais médicos cresçam de acordo com os seus propósitos.
Com seis hospitais de porte médio, quatro de alta complexidade e outros quatro especializados, Porto Alegre é hoje referência em diversas especialidades, como cardiologia, pneumologia, reumatologia, neurociência e oncologia. Com políticas de investimentos contínuos em gestão, na modernização de sistemas e na qualificação de profissionais, as instituições vêm fortalecendo a marca da capital gaúcha como o segundo polo hospitalar no País. Esse movimento não pode parar.
Outra conquista importante foi o acordo firmado em 2015 com o Medical Valley. A parceria abriu novas perspectivas de inovação, investimentos, empregos e oportunidades para a população. O cluster de tecnologia está ajudando a modernizar os processos de gerenciamento das instituições públicas e privadas e tem sido fundamental para atrair novos investimentos para o Estado. Também nesta linha de conexão e intercâmbio de experiências está o Health Hub rede que integra os principais atores da saúde na Capital para o desenvolvimento das melhores práticas, pesquisas e serviços.
Estamos caminhando em direção a um modelo mais integrado e financeiramente sustentável. Talvez ainda não no ritmo ideal, mas com a certeza de que um novo salto de qualidade é possível. Com diálogo, organização, com a valorização de todos os profissionais da área da saúde e, claro, com cooperação.
Presidente do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa)
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