Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 26 de Outubro de 2016 às 18:34

Siderúrgicas reclamam de concorrência da China

Atuação chinesa causa distorções no mercado mundial de aço

Atuação chinesa causa distorções no mercado mundial de aço


MARCOS NAGELSTEIN/JC
As associações da indústria do aço da América Latina enviaram uma carta aos chefes de Estado que estarão reunidos na XXV Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, em Cartagena, na Colômbia, nos dias 28 e 29, alertando para a crise enfrentada pelo setor e a cadeia metalmecânica.
As associações da indústria do aço da América Latina enviaram uma carta aos chefes de Estado que estarão reunidos na XXV Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, em Cartagena, na Colômbia, nos dias 28 e 29, alertando para a crise enfrentada pelo setor e a cadeia metalmecânica.
As siderúrgicas destacam a preocupação com a concorrência desleal praticada pelas usinas chinesas e pedem que os governos da região não reconheçam o país asiático como economia de mercado em dezembro.
Os empresários mencionam a perda de postos de trabalho, fechamento de empresas e perdas financeiras do setor, que consideram ser originária do enfrentamento da competição com a China, que responde por 50% da produção mundial de aço.
A carta menciona uma estrutura formada por empresas de propriedade do Estado, subsídios, capacidade produtiva muito superior à demanda doméstica, perdas financeiras crescentes e conduta comercial desleal, "que não se ajusta às regras internacionais de comércio" e "exporta desemprego".
O documento é resultado da reunião de players do setor na região como Ternium, Gerdau, CSN e ArcelorMittal durante o 57º Congresso da Associação Latino-americana de Aço (Alacero), que se encerrou ontem no Rio de Janeiro. O bombardeio à China e suas práticas consideradas anticoncorrenciais é um consenso. De 56 processos antidumping vigentes hoje na América Latina, 36 são de empresas contra a China.
A carta afirma que esta é uma realidade reconhecida a nível mundial, inclusive na Declaração de Líderes do G-20, que, no início de setembro, manifestou que os subsídios e a intervenção direta dos governos causam distorções no mercado, contribuindo para uma sobrecapacidade que causa efeitos negativos no comércio e para os trabalhadores. Um fórum global foi proposto para solucionar o problema do excesso de capacidade de aço no mundo: 739 milhões de toneladas, sendo 453 milhões oriundas da China.
As entidades latino-americanas afirmam, entre outros pontos, que a China não respeita as regras internacionais de comércio no setor do aço, sendo penalizada por mais de 280 medidas antidumping aplicadas por países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC).
As associações do setor de siderugia fazem um chamado para que seus governos defendam a indústria local das práticas de comércio desleais, garantindo isonomia competitiva frente à China e reforçando os instrumentos de defesa comercial para adequá-los às novas realidades comerciais. Isso implica ter uma estratégia comum e integral frente à China, garantir uma operação aduaneira eficiente e efetiva e aplicar a diplomacia comercial para conseguir que a China, de forma transparente, mostre seus custos reais de produção e reduza sua capacidade de forma significativa e real.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO