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Economia

- Publicada em 19 de Outubro de 2016 às 17:58

Para a Oi, prioridade é renegociar dívidas

Schroeder quer reverter multas aplicadas pela Anatel por investimentos na banda larga

Schroeder quer reverter multas aplicadas pela Anatel por investimentos na banda larga


Futurecom/Divulgação/JC
O presidente da Oi, Marco Schroeder, afirmou que a prioridade da companhia é discutir a renegociação da sua dívida de R$ 65 bilhões com os cerca de 67 mil credores nacionais e estrangeiros, e que não acredita na venda de ativos neste momento. Segundo o executivo, o processo de recuperação judicial corre normalmente, apesar das reclamações de alguns credores de que suas demandas não têm sido ouvidas. "São muitos credores. A companhia está avaliando o que pode adequar para atender a essas demandas. Tenho convicção de que vamos conseguir evoluir", afirmou ontem o executivo, durante entrevista à imprensa na Futurecom, feira que reúne empresários do setor.
O presidente da Oi, Marco Schroeder, afirmou que a prioridade da companhia é discutir a renegociação da sua dívida de R$ 65 bilhões com os cerca de 67 mil credores nacionais e estrangeiros, e que não acredita na venda de ativos neste momento. Segundo o executivo, o processo de recuperação judicial corre normalmente, apesar das reclamações de alguns credores de que suas demandas não têm sido ouvidas. "São muitos credores. A companhia está avaliando o que pode adequar para atender a essas demandas. Tenho convicção de que vamos conseguir evoluir", afirmou ontem o executivo, durante entrevista à imprensa na Futurecom, feira que reúne empresários do setor.
Schroeder comentou que a Oi já recebeu diversas sugestões e questionamentos dos credores e afirmou que está aberta ao diálogo. Ele afirmou que considera, inclusive, a possibilidade de realizar alguns ajustes no plano de recuperação proposto até aqui, desde que isso não signifique perda de capacidade de realizar os investimentos necessários para atender a demandas regulatórias. "Uma das preocupações que nós temos e não vamos abrir mão, por exemplo, é a capacidade de a empresa continuar fazendo investimentos", ressaltou.
Questionado sobre o potencial para a monetização dos ativos e reforço do caixa, o presidente da Oi sinalizou que este é um assunto secundário por enquanto. "Não acredito em vendas de ativos neste momento. Nós temos que focar em renegociar a dívida", afirmou. Ele admitiu que há consulta de investidores e grupos empresariais interessados na compra de bens da empresa, mas não recebeu, até aqui, ofertas firmes.
O executivo esclareceu que a consulta se refere aos ativos em Timor, Angola, Cabo Verde, Namíbia e São Tomé e Príncipe, onde a Oi detém participações em empresas de telefonia móvel, consideradas não estratégicas para a continuidade das suas operações. "Pode ser fonte de recursos importante para ajudar a redesenhar (financeiramente) a empresa. Só vamos vender a preço justo. Não vamos vender apenas por uma questão de rapidez", salientou.
Schroeder também afastou os questionamentos sobre possíveis vendas de negócios no País. "Muitos nos procuram, aparecem nos jornais e a gente pode conversar. Mas eu, pessoalmente, não acredito que (a conversa para uma venda) vá evoluir dentro da rapidez em que a negociação da dívida exige e a gente quer aprovar. Não temos nenhuma negociação de ativos no Brasil", comentou.
Por outro lado, o executivo não descartou que isso venha a ocorrer no médio prazo. "Pode se falar em venda de ativos e consolidação, mas seria um processo para daqui dois ou três anos, depois de equacionar a dívida."
Schroeder afirmou que buscará reverter as multas aplicadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) por investimentos na expansão dos serviços de banda larga no País, incluindo regiões que não têm, necessariamente, atrativos comerciais implantação do serviço. "Dentro da recuperação judicial ou via TAC (termo de ajustamento de conduta), o importante é transformar as multas em investimentos, que é a nossa proposta e beneficia o setor como um todo. Aplicar uma multa por (carência de) qualidade que coloque em risco a saúde financeira da empresa como um todo não faz muita lógica", afirmou.
Além disso, a Oi e a Anatel precisarão chegar a um entendimento sobre o valor devido pela operadora. Pelos cálculos da Anatel, o passivo totaliza R$ 20,2 bilhões. A tele, por sua vez, declarou um montante de R$ 11 bilhões no processo de recuperação judicial. A diferença se deve a R$ 5,5 bilhões em créditos tributários e de outras naturezas, que não devem ser incluídos no processo de recuperação, conforme determinação legal, explicou Schroeder. A outra fatia de R$ 4,5 bilhões são multas que ainda estão em discussão dentro de processos administrativos na agência reguladora e sujeitos a contestação. "Se a Anatel provar que é devido, e o juiz aceitar, nós também vamos aceitar", resumiu Schroeder, insistindo que a companhia buscará trocar o pagamento das multas por investimentos em rede de banda larga.
 
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