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Economia

- Publicada em 09 de Outubro de 2016 às 21:33

Depois da gaúcha Vonpar, Femsa quer comprar mais empresas no País

A Coca-Cola Femsa também é dona de marcas de sucos como a Del Valle; de chás, como a Leão Fuze e da AdeS

A Coca-Cola Femsa também é dona de marcas de sucos como a Del Valle; de chás, como a Leão Fuze e da AdeS


MAURO SCHAEFER/ARQUIVO/JC
Depois de desembolsar R$ 3,5 bilhões para ficar com a engarrafadora gaúcha Vonpar, em setembro passado, a mexicana Femsa, principal acionista da Coca-Cola Femsa, quer comprar mais empresas no País. Estão na mira farmácias, laticínios e engarrafadoras de bebidas não alcoólicas.
Depois de desembolsar R$ 3,5 bilhões para ficar com a engarrafadora gaúcha Vonpar, em setembro passado, a mexicana Femsa, principal acionista da Coca-Cola Femsa, quer comprar mais empresas no País. Estão na mira farmácias, laticínios e engarrafadoras de bebidas não alcoólicas.
A desvalorização do real frente ao dólar, nos últimos anos, tornou o Brasil "um paraíso para compras", dizem executivos da empresa. A companhia também quer trazer ao País modelos de negócios com os quais já opera no México, como as lojas de conveniência Oxxo. A crise econômica preocupa, mas a aposta dos mexicanos no Brasil é de longo prazo.
"Entrar nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com a compra da Vonpar nos traz muitas sinergias, já que atuamos nos estados do Sudeste e no Mato Grosso do Sul. Poderemos rebalancear nossas malhas de distribuição. Pelo menos 54% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é gerado no território em que estamos agora", informa Jose Ramón Martínez Alonso, diretor de assuntos corporativos da Coca Femsa, lembrando que, apenas nos últimos três anos, a companhia comprou a Spaipa, que atua no Paraná e em São Paulo, por US$ 1,86 bilhão, e a Cia. Fluminense de Refrigerantes, por US$ 448 milhões. Ele não descarta novas compras.
A empresa já deu o primeiro passo no Brasil no setor de lácteos. Comprou, no final do ano passado, a mineira Verde Campo, líder em produtos lácteos, como queijos e iogurtes, sem lactose e dona da marca Lacfree. "A dúvida é se criamos uma marca potente ou compramos marcas regionalmente. Dá para crescer", resume Ramón.
"A retração da economia brasileira nos preocupa, mas não nos assusta. Fazemos planos para o Brasil pensando nos próximos 25 anos, quando a situação da economia já terá melhorado", afirma o presidente do Conselho de Administração da Femsa, Jose Antonio Fernándes Carbajal, que afirmou que a empresa respeita a posição de cada governo, sem entrar no campo ideológico.
No ano passado, as vendas totais de bebidas da Coca-Cola Femsa no Brasil caíram 3% com a retração do consumo. Mesmo assim, o resultado não foi considerado ruim, diz Jose Ramón Martínez Alonso, que, nos últimos quatro anos, esteve no Brasil dirigindo a operação brasileira. Segundo ele, há segmentos, como o automobilístico, em que as vendas caíram mais de 25%.
"A crise econômica nos impactou proporcionalmente menos que a outros setores. E há segmentos em que atuamos, como o de sucos e de chás prontos, que ainda crescem 10% a 15% ao ano", diz o executivo. A Coca-Cola Femsa também é dona de marcas de sucos, como a Del Valle; de chás, como a Leão Fuze; e da AdeS, bebida à base de soja; entre outros produtos. 
Se, no Brasil, a imagem da empresa ainda está muito associada à Coca-Cola, nos outros 10 países da América Latina onde está presente, além das Filipinas, a Femsa já é reconhecida por atuar em setores tão diversos quanto varejo, postos de gasolina, logística, plásticos e comida pronta. Também tem fábricas de refrigeradores comerciais, uma delas na cidade de Itu, em São Paulo, e já planeja abrir a segunda unidade no Nordeste do País.
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