Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Energia

- Publicada em 03 de Outubro de 2016 às 18:03

Plano da Petrobras quer reduzir acidentes em 36%

Meta é passar de 2,2 acidentados por homem-hora para 1 em 2021

Meta é passar de 2,2 acidentados por homem-hora para 1 em 2021


STÉFERSON FARIA/AG. PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
A Petrobras lançou ontem o programa Compromisso pela Vida, o primeiro passo para a execução da métrica de segurança prevista no plano de negócios do período de 2017 a 2021. A meta é reduzir em 36% o número de acidentes na empresa, que deve passar de 2,2 acidentados por milhão de homens-hora, em 2015, para no máximo 1 em 2021, incluindo casos em que não é necessário o afastamento do trabalho.
A Petrobras lançou ontem o programa Compromisso pela Vida, o primeiro passo para a execução da métrica de segurança prevista no plano de negócios do período de 2017 a 2021. A meta é reduzir em 36% o número de acidentes na empresa, que deve passar de 2,2 acidentados por milhão de homens-hora, em 2015, para no máximo 1 em 2021, incluindo casos em que não é necessário o afastamento do trabalho.
Em comunicado, a empresa ressalta a segurança dos empregados como uma das prioridades do seu plano de negócios, assim como a intenção de reduzir o compromisso do caixa com o pagamento de dívida. "As melhores práticas empresariais pressupõem tanto a boa performance econômica, quanto a manutenção da integridade física de funcionários e instalações", afirmou o gerente executivo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da Petrobras, Luiz Valente.
Segundo a Petrobras, o programa Compromisso pela Vida contempla quatro pilares, sendo um deles o reforço da segurança de processos, com iniciativas como o compromisso da liderança, a capacitação da força de trabalho, fiscalização de serviços contratados, análise de risco de tarefas e instalações, disciplina operacional, conformidade com procedimentos e inspeção e manutenção.
Além disso, os padrões de segurança deixam de ser sugestões e viram obrigações. A empresa ainda vai reconhecer e recompensar as atitudes que mais contribuírem para um ambiente de trabalho seguro e coibir erros e violações deliberadas das regras. Os investimentos em segurança, meio ambiente e saúde cresceram de R$ 5,25 bilhões, em 2011, para R$ 6,9 bilhões, em 2015.

Produção de petróleo no Brasil bate recorde pelo terceiro mês consecutivo

A produção de petróleo e gás natural no Brasil registrou recordes de produção nas várias bases de comparação no mês de agosto deste ano, segundo dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
No caso da produção de petróleo e gás natural nos campos nacionais, em agosto, o volume extraído totalizou 3,293 milhões de barris de óleo por dia (petróleo e gás natural), volume superior ao recorde anterior de julho de 2016, quando foram produzidos 3,21 milhões de barris de óleo equivalente.
Isoladamente, a produção de petróleo foi de aproximadamente 2,609 milhões de barris por dia, um aumento de 1,1% na comparação com os 2,581 milhões produzidos em agosto, o terceiro recorde consecutivo na extração de óleo; foi também 2,4% superior ao mês de agosto do ano passado.
Já produção de gás natural somou 108,8 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), superando o recorde anterior de 107,2 milhões de metros cúbicos obtido também em julho deste ano, que já havia sido 1,5% maior do que a de junho. Quando comparada a agosto do ano passado, a produção em agosto de 2016 chegou a crescer 9,6%.
A produção de petróleo e gás natural nos 65 poços dos campos do pré-sal fechou agosto acima de 1 milhão de barris por dia de óleo equivalente, tendo atingido aproximadamente 1,365 milhão, neste caso um aumento de 3,6% em relação a julho, que também já havia sido recorde e atingido 1,317 milhão de óleo equivalente.
Deste total, 1,099 milhão de barris refere-se à produção diária de petróleo, volume superior a 1,066 milhão produzido em julho; e 42,2 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) à produção de gás natural. O comissionamento da plataforma FPSO (que produz, armazenamento e escoa petróleo) Cidade de Saquarema, localizada no Campo de Lula, porém, levou a que o País queimasse mais gás do que em julho. Em consequência, o aproveitamento de gás natural no mês foi de 95,4%. Já a queima de gás em agosto foi de 5 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), um aumento de 13,5% se comparada ao mês anterior e de 7,8% em relação ao mesmo mês em 2015.
Os dados indicam, ainda, que os campos operados pela Petrobras produziram 93,4% do petróleo e gás natural extraídos no País e que o campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, mais uma vez foi o maior produtor de petróleo e gás natural, com uma média diária de 581,9 mil barris de petróleo e 25,5 milhões de m3/d de gás natural.

Acordo da Opep não resolverá excesso de oferta

O acordo provisório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir sua produção, revelado na semana passada, pode ter vindo tarde demais. Após produzir a todo vapor nos últimos dois anos, a Opep estuda cortar sua produção em até 700 mil barris por dia nos próximos meses. Muitos analistas, porém, dizem que a redução é insuficiente e não ocorrerá em tempo hábil para lidar com o excesso de oferta, que pressiona os preços.
No começo do ano, houve várias projeções de que a oferta e a demanda atingiriam o equilíbrio até o fim de 2016. No entanto, mesmo após o acordo da Opep, a aposta majoritária agora é de que o equilíbrio não virá antes de meados do ano que vem. Os estoques globais estão próximos de níveis recordes e os produtores de óleo de xisto dos EUA acabaram passando a perna na Opep, ao resistirem relativamente bem à queda nos preços e se posicionando para impulsionar a produção quando as cotações voltarem a subir.
"Os ágeis produtores dos EUA tiraram parte do poder da Opep", comentou Daniel Yergin, vice-presidente do IHS Markit e observador de longa data dos mercados de petróleo. "Hoje, há muito mais petróleo que não é da Opep."
Na quarta-feira da semana passada, a Opep chegou a um consenso para reduzir sua produção a um volume entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia, de 33,2 milhões de barris diários em agosto. O cartel pretende finalizar detalhes do plano na reunião de cúpula que fará em novembro.
A iniciativa da Opep pegou os mercados de surpresa, levando os preços do petróleo negociado em Nova Iorque a subirem mais de 8% nas três últimas sessões da semana passada. No ano, o petróleo acumula valorização de 30%, após chegar a cair abaixo de US$ 30 por barril meses atrás.
No entanto, continua incerto quais países da Opep poderão reduzir produção e que critérios serão usados para se implementar o plano. Tradicionalmente, os integrantes do grupo costumam descumprir cotas de produção.
Para especialistas de energia, o corte na produção terá efeito limitado na correção dos desequilíbrios entre oferta e demanda. O excesso de petróleo reflete em parte a mudança nos papéis de produtores dos EUA e da Opep, uma vez que as empresas norte-americanas que exploram óleo de xisto ampliaram sua participação de mercado e conquistaram maior capacidade de influenciar os preços globais.
Países que não fazem parte da Opep respondem atualmente por 58% da produção mundial de petróleo, que, no segundo trimestre, alcançou 95,9 milhões de barris por dia, ficando acima da demanda estimada de 95,6 milhões de barris diários, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).
Em julho, os estoques de petróleo bruto e produtos refinados em nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ultrapassaram 3,1 milhões de barris. Os estoques não relacionados à OCDE também estão próximos de níveis recordes.
No geral, a produção de fora da Opep deverá recuar mais de 800 mil barris por dia neste ano, segundo a AIE, mas subir quase 400 mil barris diários em 2017, graças à maior contribuição do Canadá, da Rússia e do Brasil.